Em visita a Belo Horizonte para participar do seminário “A importância de garantir políticas públicas para as mulheres nos municípios”, a ministra das mulheres Cida Gonçalves disse, na manhã desta terça-feira (9), acreditar que a maior participação feminina na política deve ter o engajamento de toda a sociedade.
A declaração acontece em meio à desistência de duas pré-candidatas mulheres à Prefeitura de Belo Horizonte para dar apoio a um candidato.
Recentemente, as deputadas estaduais
“Nós temos discutido a questão da participação política e a ampliação do poder das mulheres em todas as esferas e em todos os espaços. Os debates não podem ser colocados exclusivamente na conta das mulheres, mas precisam ser feitos nas estruturas políticas: dentro dos partidos, dentro das entidades, dentro das instituições e dentro dos governos. Quando perguntam para o presidente, o partido diz: ‘Eu não tenho mulher para colocar no lugar’. Então é um debate que precisa ser travado dentro da sociedade”, afirmou.
Para a ministra o debate passa por esferas que vão além do poder público. “A questão do espaço do poder e empoderamento é também sobre o machismo estrutural que existe no país. Assim como a questão do racismo estrutural impede negros em espaços de poder. Esse é o debate que precisa ser colocado, não é culpabilizar esse ou aquele candidato”.
Já a deputada estadual Bella Gonçalves acredita que os movimentos recentes demonstram uma articulação para o fortalecimento feminino nos espaços de poder. “Nós temos duas das maiores prefeitas do estado pertencentes à base do presidente Lula: a Marília e a Margarida. Aqui em BH nós estamos nos articulando para construir uma política mais representativa no Legislativo e no Executivo. Essa não é uma discussão sobre o retrocesso de mulheres, nós estamos construindo uma articulação para o avanço de mulheres”, disse.
Seminário debate políticas para as mulheres
O evento realizado na manhã desta terça-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais reuniu lideranças e especialistas para debater a implementação, a destinação de orçamento e a importância das políticas públicas voltadas para mulheres no âmbito municipal.
“Isso envolve uma discussão sobre a capilaridade das políticas para as mulheres e quais são as políticas que o governo federal tem colocado. Estamos vivemos uma epidemia de violência que tem que ser enfrentada”, disse a ministra.