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Empresas do RS poderão contrair crédito a partir de terça (11), anuncia Mercadante

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira (10), que ao menos 7 bancos estarão disponíveis a partir de terça-feira (11) para oferecer linhas de crédito para as empresas do Rio Grande do Sul. O número pode aumentar para 80 nos próximos dias

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (10) que as empresas do Rio Grande do Sul poderão contrair empréstimos com linhas de crédito com juros abaixo de 1% a partir de terça-feira (11). Mercadante e a diretoria do BNDES participaram de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, Mercadante detalhou que, ao menos, sete bancos e cooperativas de crédito já se cadastraram junto ao BNDES para ofertar a linha de crédito. ”As empresas, os empresários, têm que procurar o gerente da sua instituição financeira, porque é ele que conhece a empresa, isso vai ajudar no processo de liberação”, afirmou.

O BNDES liberou R$ 15 bilhões para que as instituições possam oferecer linhas de crédito com juros abaixo de 1% ao mês. Serão três linhas de crédito disponíveis a partir de terça-feira (11). O crédito estará disponível em 21 de junho, para os clientes que obtiverem autorização para contrair o empréstimo.

A primeira é voltada para o financiamento para a compra de máquinas e equipamentos que foram destruídos com as chuvas. Para essa linha, o valor máximo por cliente será de R$ 300 milhões, com a possibilidade de pagamento no prazo de 5 anos, podendo obter um ano de carência. A taxa de juros será de 0,6% ao mês.

A segunda linha é voltada para investimentos e reconstrução das empresas, com a mesma taxa de juros da anterior. O valor máximo por cliente também será de R$ 300 milhões, mas o prazo para quitação será de até 10 anos, com a possibilidade de carência de 2 anos.

A última linha de crédito é voltada para o capital de giro das empresas. Cada cliente poderá contrair, no máximo, R$ 400 milhões, com prazo de 5 anos, sendo até 1 ano de carência. A taxa de juros será de 0,9% ao mês.

As linhas de crédito estarão disponíveis por um ano. Serão contemplados os produtores rurais, transportadores autônomos de carga, empresários individuais, além de pessoas jurídicas de direito privado de todos os portes, incluindo cooperativas. Pelo menos 40 bancos que atuam no Rio Grande do Sul poderão ofertar o crédito, podendo aumentar para 80 o número de instituições que são credenciadas pelo BNDES.

Uma das regras é que o empresário terá que manter o negócio na cidade na qual está localizada, não sendo autorizado contrair o crédito para aplicar na reabertura da empresa em outro estado. “Nós precisamos avançar com orientação com urbanistas para trazer tecnologias para proteger as empresas de eventos climáticos no futuro”, avaliou Mercadante.

As empresas também serão obrigadas a garantir a manutenção dos empregos. “Os empregos são o objetivo fundamental, pelo esforço e desafio, para a retomada dos salários e das atividades”, destacou Mercadante.

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O BNDES também irá suspender por 12 meses os pagamentos das dívidas de financiamento, que deve dar um alívio de R$ 6,9 bilhões em prestações. Outra medida anunciada pelo banco é a disponibilização de R$ 5 bilhões de reais para que os bancos possam criar um Fundo Garantidor para os créditos que serão ofertados às micro e pequenas empresas.


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.