O secretário de Estado de Infraestrutura, Fernando Marcato, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (29) para a Itatiaia, que o leilão do
“Hoje o que temos é uma representação, o que significa que é uma reclamação que a prefeitura faz ao Ministério Público Federal e ele decide se vai entrar com a ação ou não. Nós já marcamos uma reunião de esclarecimentos com o procurador do MPF que recebeu a reclamação, vamos prestar todos os esclarecimentos. Portanto, o leilão está marcado, data confirmada dia 28”, afirmou Marcato.
Segundo o secretário, as críticas da prefeitura de Contagem sobre a falta de diálogo sobre o projeto não procedem, uma vez que foram feitas 12 reuniões para tratar da nova rodovia. A prefeitura afirma que a nova estrada passa pela bacia de Vargem das Flores, o que pode comprometer o abastecimento de água de Contagem, BH e Betim. E ressaltam que a alça Oeste do Rodoanel passará próxima de uma comunidade quilombola.
A prefeita Marília Campos (PT) afirmou na semana passada que recorreu ao MPF por não conseguir diálogo com o governo estadual, posição que foi rebatida por Fernando Marcato.
“Durante 12 meses a equipe da secretaria e eu pessoalmente nos reunimos seis vezes com a prefeitura de Contagem para tratar especificamente sobre o Rodoanel. Ou seja, a cada dois meses nós tivemos uma reunião para tratar do Rodoanel. Me reuni com a prefeita Marília para tratar da avenida Tereza Cristina, sobre fiscalização de ônibus. Sempre tivemos muitas pautas republicanas e corretas”, disse Marcato.
“Em dezembro, dia 17, eu convidei a prefeita para tomar um café da manhã na minha casa e discutir o traçado do Rodoanel. As conversas foram evoluindo, mas em dado momento, sem justificativa técnica, a prefeita me mandou uma mensagem dizendo que é contra o traçado do Rodoanel e que não vamos seguir em frente com as conversas. Eu perguntei se havia alguma posição técnica que pudesse contrapor ou entender? A resposta foi não. Ou seja, o diálogo houve. O que não houve foi o atendimento de um pedido feito por ela. E por um único motivo: o pedido de Contagem vai custar R$1,3 bilhão a mais para os cofres do Estado e vai tirar menos 6 mil carros da região metropolitana, ou seja, vão ficar 6 mil carros na região porque esse traçado joga o rodoanel para fora da região metropolitana”, disse o secretário.
Solução para Anel Rodoviário
O projeto do Rodoanel é considerado pelo governo estadual a
“O rodoanel é a solução estruturante para o problema de mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte,
O modelo da contratação será via parceria público-privada (PPP). A empresa vencedora da licitação será responsável pela elaboração de projetos, construção da rodovia, além da sua operação e manutenção pelo prazo de 30 anos. Ao Estado caberá a fiscalização do contrato para que todas as exigências sejam cumpridas pela concessionária e o nível de serviços oferecido aos usuários da via seja satisfatório.
São quatro alças viárias: Oeste e Norte seriam as primeiras a ficarem prontas, previstas para 2026 – a alça norte tem início no entroncamento com a BR-381 trecho Belo Horizonte - Governador Valadares e fim no entroncamento com a LMG-806, tendo extensão de 43,9 km; a alça oeste começa no entroncamento com a LMG-806 e termina no entroncamento com a BR-381 trecho Belo Horizonte - São Paulo. Ao todo, são 25,8 quilômetros de extensão.
Um dos grandes trunfos do projeto é a promessa de reduzir acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Segundo o governo, a obra tem potencial para evitar cerca de mil acidentes por ano no Anel. Pode haver, inclusive, a proibição de caminhões no anel quando as obras do Rodoanel forem concluídas.