O governo federal anunciou nesta terça-feira (12) a criação de 100 novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) em todo o Brasil. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Executivo pretende investir R$ 3,9 bilhões no projeto — R$ 2,5 bilhões são para criar novos campi e R$ 1,4 bilhão para consolidar unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
A criação dos novos campi deve ser finalizada até 2026, atingindo todas as regiões do país. A estimativa do governo é criar 140 mil novas vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Em Minas Gerais, serão oito unidades: Belo Horizonte, João Monlevade, Itajubá, Sete Lagoas, Caratinga, São João Nepomuceno, Minas Novas e Bom Despacho.
O Nordeste é a região que receberá o maior número de novos Institutos Federais de Educação. Nos nove estados serão 38 campi. O Sudeste, com 27 novos campi, aparece na sequência, seguido da região Sul, com 13; do Norte, com 12; e do Centro-Oeste, com 10.
Entre os estados, São Paulo é o que tem mais municípios beneficiados, com 12 cidades atendidas com a construção dos IFs. Minas Gerais e Bahia somam oito municípios. Na sequência, aparecem Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, com seis, e Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, com cinco.
Atualmente, Minas Gerais possui 18 unidades do IFMG, com a oferta de 5 mil vagas anuais, em 162 cursos de nível técnico, graduação e pós-graduação. A comunidade acadêmica conta com 22 mil alunos. Em Belo Horizonte, o novo campus deve ser instalado na antiga sede da BHTrans, no bairro Buritis, região Oeste da cidade.
Cerimônia prestigiada
A cerimônia de lançamento dos novos Institutos Federais ocorreu pela manhã, no Palácio do Planalto. O evento, que contou com a presença do presidente Lula, esteve repleto de governadores, senadores e deputados, inclusive de oposição. Um dos parlamentares mais tietados pelos estudantes que estiveram presentes na cerimônia foi o novo presidente da comissão de Educação na Câmara, Nikolas Ferreira (PL-MG).
Apesar de ser um dos nomes mais barulhentos da oposição ao governo no Congresso Nacional, o deputado mineiro foi um dos convidados pela presidência da república para o evento.
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