O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar os ataques do Estado de Israel na Faixa de Gaza, região comandada pelo grupo Hamas. Em discurso feito nesta segunda-feira (4), na abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, Lula afirmou que apanhou, há 20 dias, por ter denunciado a situação dos palestinos. “Vocês estão lembrados, há 20 dias, como eu apanhei porque falei da Palestina. Vocês estão lembrados. Como sou um cara católico, e creio em Deus, eu acho que Deus escreve certo por linhas tortas, com o tempo a gente vai provar que eu estava certo”, afirmou Lula.
O presidente da República defendeu a criação do Estado Palestino, e subiu o tom contra o governo de Israel, por conta das mais de 100 mortes de palestinos, na última quinta-feira (29), durante entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “O povo palestino tem o direito de viver, de criar o seu país. Você não pode fazer o que foi feito, anunciar comida e mandar torpedo, mandar bala, mandar a morte para aquelas pessoas. Até quando a gente vai ter medo? Até quando a gente vai se curvar?”, perguntou Lula.
Ao citar as críticas que recebeu, Lula se referiu ao discurso feito, no mês passado, durante agenda na Etiópia, em que condenou as ações de Israel na Faixa de Gaza e comparou o massacre ao povo palestino com o Holocausto, que foi o genocídio do povo judeu, praticado pela Alemanha nazista, que provocou a morte de cerca de 6 milhões de judeus, na 2ª Guerra Mundial. Após as declarações, o governo de Israel declarou Lula persona non grata no país.
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