O anúncio da pré-candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), à reeleição pode ter impactos na composição atual do primerio escalão. No momento, o grupo do secretário da Casa Civil de Zema, Marcelo Aro (PP), comanda quatro pastas: Governo (Castellar Neto), Meio Ambiente (Zé Reis), Desenvolvimento Econômico (Fernando Motta) e Educação (Roberta Vieira).
“Limpeza”
Há peesedista que afirme que a demora pela definição do apoio do partido à pré-candidatura de Fuad Noman deveu-se, justamente, ao espaço considerado “exagerado” na administração por correligionários do prefeito para o grupo de Marcelo Aro. Com o partido unificado em torno do nome do prefeito, há uma expectativa interna, segundo uma fonte da coluna, para que haja uma “limpeza” no primeiro escalão da prefeitura. É hora de “arrumar a casa”, disse um dos colegas de partido de Fuad.
Governabilidade
A cessão das pastas se deu nas negociações para a prefeitura obter apoio na Câmara dos Vereadores. No entanto, como é ano de eleição, é considerada afastada a ideia de impeachment e as pautas prioritárias já foram votadas, o principal critério para manutenção dos cargos passa a ser aliança eleitoral. Caso o PSD de Fuad e o grupo de Aro não caminhem juntos, a renovação do secretariado na PBH é uma possibilidade. A decisão será partidária. Vale lembrar que o as principais lideranças nacionais do PSD, que são Rodrigo Pacheco e Alexandre Silveira, estão no campo político de Lula, enquanto Marcelo Aro faz parte do Governo Zema. As posições opostas podem apontar para uma ruptura.
De toda a forma, uma composição política entre Aro e Fuad, embora seja improvável, pode ser discutida. Considerando que o prefeito possa ser eleito, ter o ex-deputado como oposição seria, novamente, um problema de governabilidade. Aro é conhecido, justamente, por ser um exímio formador de chapa e um político “bom de briga”.
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