A exigência de visto para turistas norte-americanos, canadenses e australianos visitarem o Brasil deve começar a valer a partir de 10 de abril, segundo previsão do ministro do Turismo, Celso Sabino. Nos pouco mais de 75 dias até a data, o governo brasileiro deverá colocar em operação um aplicativo que permitirá pedir e emitir o visto virtualmente e sem entraves burocráticos.
“Estamos preparando um aplicativo que oferecerá o visto com celeridade e com facilidades para os cidadãos norte-americanos, australianos e canadenses. Eles conseguirão obter o visto de forma muito mais simples que um brasileiro quando busca um visto para ir aos Estados Unidos, por exemplo”, detalhou o ministro.
O visto para cidadãos estrangeiros dessas três nacionalidades virem ao Brasil não é cobrado há pouco mais de quatro anos no país. A cobrança foi extinta em 2019 por determinação do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os Ministérios do Turismo e das Relações Exteriores começaram a tratar da retomada da exigência a partir do princípio da reciprocidade. Ou seja, o Brasil cobra, tradicionalmente, vistos dos cidadãos daqueles países que também exigem o documento para a entrada de brasileiros.
Inicialmente, o presidente Lula determinou que os vistos para turistas da Austrália, do Canadá e dos Estados Unidos voltariam a ser cobrados em outubro do ano passado. Entretanto, a data foi postergada para este mês de janeiro e, em seguida, novamente adiada, desta vez para 10 de abril. O ministro Sabino esclareceu que a exigência do documento só acontecerá quando a plataforma para emissão do visto digital estiver funcionando.
“A cobrança ainda não entrou em vigor porque o aplicativo ainda não está funcionando da forma como deveria funcionar”, afirmou. Agora, estamos nos programando para liberar a plataforma com bastante antecedência, bem antes da data de 10 de abril, e para que ela esteja funcionando de forma rápida e eficiente. Se a plataforma não apresentar os resultados esperados até lá, defenderemos uma nova prorrogação da data”, concluiu.
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