Instalada nesta semana, no Senado Federal,
Na primeira reunião realizada até agora, os senadores que compõem a CPI escolheram como presidente da comissão o senador Omar Aziz (PSD-AM) e como vice o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) - ambos não são políticos de Alagoas.
A próxima reunião só deve acontecer em fevereiro após o fim do recesso parlamentar. Na ocasião, os senadores vão definir a relatoria da comissão e também como serão os trabalhos. Segundo parlamentares ligados à CPI, as negociações indicam que o cargo de relator deverá ser ocupado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), indicado pelo Partido dos Trabalhadores para compor a CPI.
Carvalho teria a missão de impedir a tentativa de Renan Calheiros (MDB-AL) assumir a relatoria e, de certa forma, usar o palanque para criticar o acordo firmado entre a Braskem e a cidade de Maceió para o pagamento de R$ 1,7 bilhão em indenizações em razão de afundamento do solo de bairros da capital alagoana. Ao mesmo tempo, o senador petista evitaria o desgaste político com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que tem como aliado o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL).
Outro temor do Palácio do Planalto é que a relatoria ficasse com aliados de Lira e voltasse o teor das investigações para desgastar o ministro dos Transportes, Renan Filho, que foi governador de Alagoas entre 2015 e 2022.
Sem palanque político
Nesta quinta-feira (14), em uma rede social, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,
A comissão foi instalada na quarta (13), em uma rápida e tensa reunião. O temor é que a CPI vire um “cabo de guerra” entre os principais grupos políticos de Alagoas. De um lado, está Lira e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC). Do outro, o senador Renan Calheiros (MDB), que tem como aliado o governador do estado, Paulo Dantas. Calheiros é um dos nomes cotados para assumir a relatoria da comissão.