Depois de um banho de água fria com a declaração do presidente da França Emmanuel Macron contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, o chanceler brasileiro Mauro Vieira disse que o trabalho em conjunto entre a união aduaneira e o bloco econômico continuam.
“Não mudou nada, continuamos negociando e conversando. O presidente Macron expressou as posições dele, como presidente da França, tendo em vista a posição do setor agrícola francês”, disse o ministro das Relações Exteriores em entrevista coletiva durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.
O encontro terminou nesta quinta-feira (7) sem a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, contrariando a expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que confidenciou ter planejado convidar a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao encontro na capital fluminense.
“Agora, não mudou nada, estamos conversando até que ou se conclua [o acordo] ou que se chegue à conclusão de que não é possível firmar esse acordo. Mas estamos trabalhando. Vamos terminar de negociar a parte comercial do acordo, depois tem a parte formal de assinatura, tradução de todos os idiomas, mas esperamos terminar até fevereiro”, afirmou.
Com a conclusão do acordo, ele somente terá validade quando (e se) for aprovado pelos Parlamentos de todos os países integrantes do Mercosul e da União Europeia.