A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) decidiu, nesta segunda-feira (4), abrir um novo procedimento para cassar o mandato do presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo (sem partido). A denúncia foi lida em plenário e X vereadores votaram a favor da abertura de um processo de cassação - pelas regras da Câmara, uma denúncia pode ser aberta com o apoio de, pelo menos, 21 vereadores.
A abertura do processo de cassação ocorreu menos de 2 horas depois que
A sessão se prolongou durante toda a manhã e foi encerrada no início da tarde, por volta das 14h30. Com o encerramento da reunião - sem a votação da denúncia - ela foi arquivada.
Gabriel Azevedo: 2º pedido de cassação
Dessa vez, a
O pedetista alega que, em vez de ter analisado a denúncia e adotado as medidas apropriadas, o presidente da Câmara “optou por utilizar sua posição de autoridade para engrandecer sua imagem, comprometendo a reputação de um colega Vereador”, alega na denúncia. Segundo Miltinho, Gabriel quis desviar o foco de uma reportagem em que era debatido o projeto de aumento no número de vereadores em Belo Horizonte.
No documento, o vereador do PDT diz que foi “humilhado publicamente” e que sofreu “hostilidade das pessoas nas ruas diante do prejulgamento induzido pela entrevista.
“Fui chamado de bandido e foi sugerido que em breve eu seria menos um na Casa. Ao fazer isso, o Presidente me imputou culpa por algo que não cometi”, afirma.
Miltinho diz que a conduta de Gabriel Azevedo fere o decoro parlamentar e o acusa de crimes de calúnia, injúria e contra a Lei de Abuso de Autoridade.
Novo pedido de cassação provocou racha entre vereadores
Uma nova denúncia contra o presidente da CMBH, que pede a perda de seu mandato como vereador, provocou “racha” entre os vereadores.
O vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (PL) disse que os fatos relatados na denúncia ocorreram em maio deste ano e que poderiam ser solucionados na Justiça.
“Fatos acontecidos em maio, aqui neste plenário. Se há ambiente em que nós possamos estar mais cobertos no instituto da imunidade parlamentar, não há outro que não seja em plenário. Foram infelizes? Sim, sem dúvida. Mas não se justifica. Principalmente se estamos aqui desde 9 da manhã para votar um outro processo de cassação e não votamos. Depois de 90 dias, vamos abrir um novo processo? Não faz sentido”, opinou.
Já o vice-presidente da Câmara, Juliano Lopes (Agir), respondeu a outros parlamentares que disseram que o trabalho no Legislativo municipal seria prejudicado, mais uma vez, em caso de nova abertura de processo de cassação.
“O processo, se for aberto, vai continuar e a Câmara vai continuar trabalhando, dependendo do presidente. Ele é autoritário, acha que a Câmara é dele. O que foi dito [contra vereador Miltinho] foi muito grave, foram palavras fortes. Ele vai continuar com essa forma de conduzir a Câmara e não respeita as vontades dos vereadores”, criticou.