Os cinco vereadores do campo de esquerda na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) divulgaram neste sábado (2) uma sugerindo que tanto o presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), e o vice-presidente, vereador Juliano Lopes (Agir), renunciem aos seus cargos junto com todos os integrantes da Mesa Diretora e seja feita uma nova eleição.
A proposta foi apontada como uma solução para o impasse entre os grupos de Azevedo e Lopes, que se arrasta há pelo menos três meses no Legislativo da capital mineira.
“Nós, bancada do PSOL, PT e PV, entendemos que a continuação de Gabriel Azevedo na presidência caminha no sentido contrário da atuação harmoniosa dos poderes. No entanto, a sua simples substituição pelo atual vice-presidente, Juliano Lopes, não representaria a pacificação democrática necessária para desobstruir a Câmara Municipal”, diz a nota assinada pelos vereadores Bruno Pedralva (PT), Célio Frois (PV), Cida Falabella (PSOL) , Iza Lourença (PSOL) e Pedro Patrus (PT).
“Por isso, acreditamos que a solução para a crise política na câmara municipal de Belo Horizonte só pode ser resolvida com uma recomposição de forças. Defendemos a renúncia coletiva e simultânea de todos os membros da mesa diretora e a composição com novos membros, respeitando todas as atuais forças políticas do poder legislativo municipal”, continuam os vereadores dos partidos de esquerda.
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Segundo os parlamentares, os conflitos políticos na Câmara estão impedindo o avanço de projetos de lei, como o que cria uma Política Municipal de Enfrentamento das Mudanças Climáticas e de Melhoria da Qualidade do Ar em Belo Horizonte e o que prevê empréstimo de cerca de R$ 1 bilhão para obras de urbanização na região do Isidoro.
Nesta sexta-feira (1º), uma sessão em que o pedido para cassação do mandato de Gabriel Azevedo foi marcada, mas não chegou a ser aberta por falta de quórum. Uma nova sessão foi marcada para a próxima segunda-feira (4).
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com Gabriel Azevedo e Juliano Lopes para comentar a proposta apresentada pelos vereadores de esquerda, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.