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Ministro diz que instabilidade no solo está desacelerando em Maceió

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou nesta sexta-feira (1) que houve uma desaceleração da intensidade das rachaduras em Maceió

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou nesta sexta-feira

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, adotou um tom de cautela, mas afirmou nesta sexta-feira (1) que as redes de monitoramento do governo federal identificaram desaceleração da intensidade das rachaduras em Maceió. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro disse que ainda não é possível descartar a possibilidade da abertura de crateras no município, mas enfatizou que houve um recuo nas últimas horas. “Houve uma desaceleração da intensidade, que é uma notícia boa, não significando que o evento não possa ocorrer. Não posso ser irresponsável de garantir que a gente vá comemorar as próximas horas na mesma direção, de diminuir a possibilidade do risco. Como é uma área frágil, com poços de profundidade de até 200 metros, com a possibilidade de combinações quando junta água doce e salgada, temos que manter as redes de monitoramento, os planos de contingência, e torcer para não acontecer”, destacou o ministro.

Waldez Góes disse que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sobre a situação de Maceió. “Os dois estão com informações permanentes. Tenho falado mais com o presidente Alckmin, passei o relatório que fechamos ontem à noite. Hoje, assim que encerrar, deve mantê-lo informado. Quando for necessária a visita do presidente, acontecerá”, afirmou. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), irá se reunir na próxima terça-feira (5) com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para tratar da situação de Maceió, que teve o estado de emergência decretado por 180 dias devido ao risco de colapso de uma mina de exploração de sal-gema.

O ministro reconheceu nesta sexta-feira (1) a situação de emergência na capital alagoana, que corre risco iminente de abertura de crateras em decorrência da possibilidade de colapso de uma mina de exploração de sal-gema, que é de responsabilidade da Braskem.

Segundo informações do governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados, em novembro. O governo teme que um possível desabamento possa ocasionar a formação de crateras gigantes. Cerca de 40 mil pessoas, que vivem em cinco bairros, tiveram que deixar suas casas devido ao risco de abertura de crateras.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.