O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, adotou um tom de cautela, mas afirmou nesta sexta-feira (1) que as redes de monitoramento do governo federal identificaram desaceleração da intensidade das rachaduras em Maceió. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro disse que ainda não é possível descartar a possibilidade da abertura de crateras no município, mas enfatizou que houve um recuo nas últimas horas. “Houve uma desaceleração da intensidade, que é uma notícia boa, não significando que o evento não possa ocorrer. Não posso ser irresponsável de garantir que a gente vá comemorar as próximas horas na mesma direção, de diminuir a possibilidade do risco. Como é uma área frágil, com poços de profundidade de até 200 metros, com a possibilidade de combinações quando junta água doce e salgada, temos que manter as redes de monitoramento, os planos de contingência, e torcer para não acontecer”, destacou o ministro.
Waldez Góes disse que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sobre a situação de Maceió. “Os dois estão com informações permanentes. Tenho falado mais com o presidente Alckmin, passei o relatório que fechamos ontem à noite. Hoje, assim que encerrar, deve mantê-lo informado. Quando for necessária a visita do presidente, acontecerá”, afirmou.
Segundo informações do governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados, em novembro. O governo teme que um possível desabamento possa ocasionar a formação de crateras gigantes. Cerca de 40 mil pessoas, que vivem em cinco bairros, tiveram que deixar suas casas devido ao risco de abertura de crateras.