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Barroso lamenta morte de preso por atos antidemocráticos

Aos 46 anos, Cleriston Pereira da Cunha sofreu um infarto quando tomava banho de sol na Papuda

Durante a sessão de julgamentos desta quarta-feira (22/11), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, lamentou a morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. “Clezão”, que tinha 46 anos, sofreu um infarto quando tomava banho de sol, nesta segunda-feira (20/11), no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, parte do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

“Toda perda de vida humana, ainda mais quando se encontra sob custódia do Estado brasileiro, deve ser lamentada com sentimento sincero”, disse o ministro.

Barroso lembrou que o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais decorrentes do 8 de janeiro, determinou a apuração das circunstâncias em que se deu a morte. Na segunda, Moraes cobrou informações à Papuda, pedindo a inclusão de prontuário e relatório médico dos atendimentos feitos ao preso.

Quando confirmou a morte, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF disse que Cleriston era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizada no presídio. “Hoje, esta mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do Samu e dos Bombeiros, que foram imediatamente acionados”, esclareceu.

O preso era natural de Ramalho, na Bahia, mas morava em Brasília há mais de 20 anos. Ele era irmão do vereador de Feira da Mata, na Bahia, Cristiano Pereira da Cunha — conhecido como Cristiano do Ramalho.

É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
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