A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pode começar a debater, nesta segunda-feira (6), o projeto que trata da adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Presidente da APU e relator do texto no colegiado, o deputado estadual Leonídio Bouças (PSDB) disse, à Itatiaia, que não vai apresentar seu parecer sobre a proposta nesta segunda.
O Regime de Recuperação Fiscal é defendido pela equipe econômica do governador Romeu Zema (Novo) como saída
“Nossa intenção é que o projeto seja amplamente discutido e aprimorado”, afirmou Leonídio.
O tucano disse que ainda trabalha na construção de seu relatório sobre a Recuperação Fiscal.
Na semana passada, o texto
O teor do pacote de Recuperação Fiscal
Para renegociar a dívida bilionária, o governo Zema propôs, à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), medidas como a venda da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), cuja federalização é analisada no Ministério da Fazenda
O plano de ajuste das contas publicas sugere, ainda, a venda da folha de pagamento dos servidores públicos do estado a uma instituição financeira. O pacote não prevê aumento real nos salários do funcionalismo, mas duas recomposições inflacionárias de 3% ao longo dos nove anos de vigência.
A previsão de João Magalhães
Na semana passada, o líder de Zema na Assembleia, João Magalhães (MDB), disse acreditar na possibilidade de votar a Recuperação Fiscal em primeiro turno no plenário
O governo quer oficializar a entrada no programa de refinanciamento da dívida até 20 de dezembro. O prazo é fruto de entendimento do governo sobre uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do RRF. Por causa de uma liminar dada pela Corte, o pagamento das parcelas da dívida de Minas com a União estão suspensas até 20 de dezembro. Portanto, se não houver a adesão ao ajuste econômico até lá, Zema teme ter de retomar os depósitos para a União.