A Comissão Processante formada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para analisar uma denúncia que pode levar à cassação do presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido), definiu as datas dos depoimentos de testemunhas ligadas ao caso. Nesta quarta-feira (25), o grupo decidiu que as oitivas começam no próximo dia 31, com as inquirições dos vereadores Wesley Moreira (PP), Wagner Ferreira e Miltinho CGE — ambos do PDT.
A denúncia contra Gabriel foi enviada à Câmara pela deputada federal Nely Aquino (Podemos-MG), que antecedeu o vereador na presidência do Legislativo municipal. Ela acusa o ex-colega de
O comitê que investiga a conduta de Gabriel é formado pelas vereadoras Janaína Cardoso (União Brasil), Iza Lourença (Psol) e Professora Marli (PP), escolhida para ser a relatora da apuração.
Depois dos depoimentos de 31 de outubro, a comissão vai se reunir no dia seguinte, 1° de novembro, para ouvir os vereadores Flávia Borja (PP) e Marcos Crispim (Podemos). Felipe de Jesus do Espírito Santo, assessor de Crispim, também precisará depor.
Borja e Wagner Ferreira foram indicados por Nely para prestar depoimento porque são citados no pedido de cassação. No documento, a deputada federal rememora a ocasião em que Gabriel
Em 6 de novembro, será a vez de Guilherme Barcelos, o Papagaio, assessor de Gabriel. Ele chegou a apresentar solicitação pela cassação de Crispim em meio à crise na Câmara de BH. No mesmo dia, os vereadores Bráulio Lara (Novo) e Irlan Melo (Patriota), de boa relação com o presidente da Câmara, também vão depor.
Nos dias 7 e 8 do mês que vem, mais parlamentares de BH também terão de responder a questionamentos ligados à cassação do Gabriel. A rodada de depoimentos terá Sérgio Fernando Pinho Tavares (PL), Henrique Braga (PSDB), Cleiton Xavier (PMN) e Fernanda Pereira Altoé (Novo).
“Com o cronograma de oitivas aprovadas hoje, a gente está com um prazo razoável antes do dia 4 de dezembro. Aliás, tem um prazo para que a comissão termine até uma semana e meia antes desse dia quatro, para conseguir de fato pautar no plenário. Porque o Gabriel sendo presidente, para que nenhuma obstrução do plenário impeça que esse relatório seja votado”, explica a vereadora Iza Lourença (Psol).
Gabriel terá tempo para defesa
Em 8 de novembro, Gabriel Azevedo também vai participar de uma reunião da Comissão Processante. A ideia é que ele utilize a data para se defender das acusações de Nely.
Depois que a Comissão Processante terminar de coletar as informações necessárias, Professora Marli vai divulgar um parecer a respeito do tema. A última etapa vai ocorrer em plenário, quando os 41 vereadores vão votar se Gabriel deve ser cassado ou não. A punição a ele ocorrerá caso ao menos 28 integrantes da Câmara de BH assim decidam.
Procurado pela Itatiaia para comentar o cronograma de depoimentos, o presidente da Câmara afirmou, por meio de sua assessoria de comunicação, que “aguarda os próximos passos da comissão processante”.