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Secretaria da PBH nega redução no orçamento da assistência social em 2024

Bruno Passelli, subsecretário de Planejamento e Orçamento da PBH negou redução nos valores voltados para assistência social no próximo ano

Prefeitura de BH negou que área da assistência social terá redução de verbas no orçamento de 2024

Ao contrário do que estava sinalizado no Plano Plurianual de Ação Governamental, apresentado pela prefeitura Belo Horizonte em audiência já Câmara Municipal, não deve haver corte de verbas para o setor de assistência social no orçamento de 2024.

Segundo o subsecretário de Planejamentos e Orçamento, Bruno Passelli, o que vai acontecer é uma readequação dos gastos considerados da assistência social, retirando do escopo os valores relativos a merenda escolar.

A partir do ano que vem, por causa de uma unificação a nível nacional, e também por orientação do Tribunal de Contas do Estado, esta despesa, que beira os R$ 89 milhões, vai passar a ser despesa da educação.

“Quando nós olhamos o número apresentado na audiência pública observa-se um decréscimo em torno de 3,8% quando comparada a proposta de 2024 com a proposta do ano de 2023. Esse decréscimo se deu em virtude de uma mudança na regra de classificação orçamentária. O prefeito Fuad já veio a público dizer que não haverá nenhuma redução na assistência social”, afirmou Passelli.

“O que aconteceu é que as despesas relacionadas a merenda escolar, até 2023 estavam classificadas como assistência social, a partir do ano que vem, em virtude de uma unificação a nível nacional e orientação do Tribunal de Contas, estamos retirando essa despesa da assistência social e passando para a educação.

Projetos ‘parados na CMBH’

Ainda segundo o subsecretário, projetos importantes para o orçamento enviados pela prefeitura à Câmara Municipal estão parados, e reforçou a necessidade da aprovação dos textos.

Na pauta, por exemplo, aguarda votação o projeto que autoriza empréstimo de cerca de R$ 800 milhões para custear a contenção de enchentes na Região de Venda Nova e, também, obras de urbanização na área da Ocupação Izidora.

Segundo Bruno Passelli, a PBH não tem sobras de recursos próprios para grandes obras, e por isso há necessidade de empréstimos. Ele diz é necessário haver aprovações para captar recursos e fazer obras importantes na cidade sem dúvida é imprescindível pra prefeitura entregar obras essenciais.

O projeto citado pelo subsecretário já foi aprovado em 1º turno na Câmara de BH e aguarda para ser apreciado em segundo turno.

Ele afirmou que a prefeitura espera que a Câmara vote o PL 479/2023, que modifica trecho da Lei Orçamentária Anual deste ano, e autoriza a prefeitura a utilizar recursos recebidos da União ou do Governo Federal sem haver a necessidade de esperar aprovação na Câmara Municipal.

Errata: Esta matéria foi atualizada às 16h52 de quinta-feira (19) a fim de corrigir os valores do orçamento da assistência social para 2024. Bruno Passelli havia citado R$ 150 milhões durante o depoimento aos vereadores, mas, segundo a prefeitura, ele se confundiu. As cifras corretas, segundo o poder Executivo, são de R$ 89 milhões.

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.