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‘Julgamento criminoso’, diz Bolsonaro sobre condenação do TSE que o tornou inelegível

Ex-presidente Jair Bolsonaro participa de agendas na capital mineira neste final de semana

Ex-presidente Jair Bolsonaro classificou decisão do TSE que o tornou inelegível como ‘criminosa’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como “criminoso” o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos.

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Durante agenda em Belo Horizonte, na manhã deste sábado (7), o ex-presidente afirmou que a decisão do tribunal sobre um encontro que ele teve com embaixadores para criticar as urnas eletrônicas em 2022 foi parcial.

“Por que me tornei inelegível? Me tornaram. O julgamento criminoso, criminoso, conduzido pelo presidente do TSE naquele momento. ‘Se reuniu com embaixadores?’ Essa política é prerrogativa minha. Dois meses antes o Fachin tinha entrevista embaixadores para falar sobre eleições. E a palavra final do Fachin foi o seguinte: ‘Senhores embaixadores, quando acabar as eleições, os seus chefes de Estado devem imediatamente reconhecer o resultado das eleições’. Ué? Imediatamente reconhecer? É o que acontece naturalmente. Então isso aí conduz, no meu entender, uma coisa que cada vez mais é uma realidade: o TSE foi parcial durante as eleições todinhas”, afirmou Bolsonaro.

Questionado se considera possível reverter a decisão do tribunal para poder disputar a eleição de 2026, o ex-presidente afirmou que é preciso esperar passar o tempo para ver quais serão as opções jurídicas e políticas.

Defesa recorre

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. Bolsonaro teve um primeiro recurso a essa decisão rejeitado pela Corte Eleitoral. Agora a defesa tenta por meio de recurso extraordinário que é direcionado ao STF, mas antes de chegar a Suprema Corte o pedido é analisado pelo TSE que é quem diz se vai ser aceito ou não.

O TSE tornou Bolsonaro inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O recurso utilizado pela defesa do ex-presidente questiona se a decisão dos ministros do TSE está em conformidade com a Constituição.

Os advogados questionam a inclusão de um documento apreendido pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro Anderson Torres - a chamada ‘minuta do golpe’. Para a defesa, o material não poderia ser usado como prova no julgamento porque o documento não teria ‘relação direta com o objeto da ação’.

Fabiano Frade é jornalista na Itatiaia. Cobre as pautas de cidades e geral, com dedicação especial à Central de Trânsito. Antes da rádio de Minas, passou pela Rádio Band News FM e também pela BTN, onde cobriu o trânsito para várias rádios de BH e Brasília.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.