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Médicos assassinados: Dino coloca PF à disposição da PC do Rio e cita linhas de investigação

Ministro Flávio Dino afirmou que os investigadores já têm indícios sobre os autores dos assassinatos dos médicos no Rio de Janeiro

Ministro Flávio Dino confirmou que a Polícia Federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, colocou a Polícia Federal (PF) à disposição da Polícia Civil do Rio de Janeiro para apoiar as investigações sobre as execuções dos três médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca na madrugada de quinta-feira (5). Um dos mortos é o ortopedista Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-RJ).

“Desde as primeiras horas do dia atuamos para ajudar a Polícia Civil do Rio a esclarecer o crime”, declarou o ministro à imprensa em Salvador, onde cumpre agenda pelo ministério. Flávio Dino assinalou que os investigadores responsáveis pela apuração do crime têm pistas importantes sobre a autoria dos homicídios e atestou haver fortes indícios para considerá-los execuções, e não crime patrimonial.

“Há duas ou três linhas de investigação sendo percorridas. O fato de haver proximidade com dois deputados federais faz com que tenhamos essa presença da Polícia Federal, inclusive porque o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pediu também essa parceria”, afirmou citando o marido da deputada Sâmia, o também parlamentar Glauber Braga (Psol-RJ).

O que se sabe sobre os assassinatos de médicos no Rio de Janeiro

Quem são as vítimas?

  • Marcos de Andrade Corsato: o médico de 62 anos era diretor de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP);

  • Perseu Ribeiro Almeida: o médico de 33 anos era membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e também atuava no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP);

  • Diego Ralf Bomfim: irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, o médico de 33 anos também era especialista em ortopedia e traumatologia e trabalhava no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo. Ele não morreu na hora, e chegou a ser socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu.

  • Daniel Proença: único sobrevivente entre os quatro baleados, o médico de 32 anos foi atingido por, pelo menos, três disparos de arma de fogo. Ele está internado no Rio de Janeiro.

Os quatro médicos estavam na cidade para o Congresso Internacional de Ortopedia, que começou nesta quinta-feira (5).

O que aconteceu?

Os médicos estavam em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira, quando três suspeitos desembarcaram de um carro com armas em punho e dispararam sucessivas vezes contra os quatro. Mais de vinte disparos foram feitos. Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a possibilidade de execução sumária.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.