Após deputados do PT faltarem na
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Apesar de reconhecer a importância da visita de Margareth Menezes à cidade histórica de Mariana, o parlamentar afirmou que ela pode ser visitada em Brasília, quantas vezes forem necessárias. Já o voto contra o reajuste ICMS só poderia ser dado ontem.
“A ministra pode ser visitada em Brasília, podemos acessar o gabinete dela quando for necessário, ela pode voltar em Minas (em outras datas), mas a votação de um projeto dessa magnitude, com o impacto que ele traz para geração de emprego e renda, me obrigou a permanecer na ALMG. Era necessário permanecer e se juntar ao bloco e aos outros deputados que conseguimos convencer a votar não. Mas cada um faz suas opções”, criticou o deputado do PV.
Além de Cleiton, a vice-presidente da Comissão, deputada Lohanna França, também do PV, não acompanhou a agenda da Ministra para votar contra o reajuste de ICMS proposto pelo Governo Zema.
Além dos deputados Andrea de Jesus e Leleco Pimentel que estavam com a Ministra, outros dois deputados do PT também faltaram na votação de ontem. A ausência dos parlamentares foi determinante para a derrota da oposição. Projeto de Zema foi aprovado com 31 votos a favor e 27 contrários.
A ausência dos deputados petistas foi determinante para a derrota do bloco de oposição na Assembleia, que não conseguiu barrar o projeto do Governo e o ICMS sobre bens supérfluos foi reajustado em dois pontos percentuais.
‘Ausência de alguns prejudica’
O cenário foi reconhecido pelo próprio líder da oposição, deputado Ulysses Gomes (PT), que disse que os quatros votos - que faltaram - poderiam ter vindo da própria oposição.
“O resultado final comprovou que tínhamos a capacidade de derrotar o governo neste projeto, a diferença foi de apenas quatro votos. Votos que poderiam ser da própria oposição, que faltaram hoje. Nesse momento nós tivemos a maioria da oposição votando, mas a ausência de alguns prejudica. Mas, faz parte do processo democrático, cada um sabe dos motivos pelos quais não vieram, não cabe aqui apontar a culpa de A ou B”, afirmou Ulysses.
Caso os quatro petistas ausentes - Andréia de Jesus, Leleco Pimentel, Luizinho e Macaé Evaristo - tivessem comparecido à sessão e votado conforme a orientação do bloco de oposição, ou seja, contra a aprovação da proposta, Zema teria sofrido uma das maiores derrotas no Legislativo estadual.
Explicações
A Itatiaia procurou cada um dos quatro deputados petistas que se ausentaram. Andrea de Jesus e Leleco Pimentel disseram que estavam acompanhando a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, em uma agenda na cidade histórica de Mariana, no interior de Minas.
Também ausente na votação, o deputado Luizinho disse que está em Alfenas participando de um seminário de Segurança Pública, que segundo ele, já estava agendado.
Procurada pela Itatiaia, a assessoria da deputada Macaé Evaristo informou que não está conseguindo contato com a parlamentar e, por isso, não explicou o motivo da ausência na votação.
Ao todo, 18 deputados não compareceram à sessão de quinta-feira. Se o Governador sancionar o projeto até, no máximo, este sábado, dia 30, o governo poderá cobrar o ICMS complementar a partir de 1º de janeiro de 2024.
Isso afetará produtos como refrigerantes, bebidas alcoólicas, como as cervejas, e itens de higiene pessoal. A projeção do governo de Minas é arrecadar cerca de R$ 100 milhões por mês com o imposto. Isso irá representar 1,2 bilhão de reais a mais nos cofres do Estado no que vem.