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“Só uma coisa tenho absolutamente certeza cristalina: é que o golpe não interessou, em momento nenhum, às Forças Armadas. São atitudes isoladas de alguns componentes das Forças Armadas. Devemos ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica a manutenção da nossa democracia”, afirmou.
Múcio acrescentou que a articulação dos militares citados por Mauro Cid com Bolsonaro não preocupa o ministério, apesar de provocar um incômodo ‘ambiente de suspeição coletiva’. “Trata-se de pessoas que pertenceram ao governo passado. Essas coisas que saíram hoje [sobre a delação de Cid] são relativas ao governo passado, a comandantes passados, não mexe com ninguém que está ativa”, disse. “Desejamos que tudo seja absolutamente esclarecido. Evidentemente, nos constrange essa ambiente que vivemos, essa aura de suspeição coletiva”, indicou.
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Delação premiada de Mauro Cid. Informações preliminares da delação de Mauro Cid revelados nesta quinta-feira (21) por O Globo indicam que, derrotado após a eleição, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para propor um golpe de Estado a fim de garantir sua manutenção no Palácio do Planalto. Na ocasião, de acordo com Cid, o Exército declinou, mas a Marinha acatou a sugestão de Bolsonaro.