O governador Romeu Zema (Novo) voltou a criticar, nesta terça-feira (1), a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig). Segundo ele, a energia oferecida pela estatal, muitas vezes, é insuficiente até mesmo para sustentar bombas de irrigação. A declaração foi dada na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte, durante
“A energia que temos hoje é para ligar o chuveiro e a televisão. Se quiser ligar uma bomba, não vai conseguir irrigar a propriedade. Precisa ter energia elétrica”, disse Zema.
Como mostrou a Itatiaia, os produtores rurais mineiros terão
No BDMG, Zema festejou a criação do canal exclusivo, mas afirmou que ainda há lacunas a serem preenchidas.
“Com o tempo, temos sanado esse problema (sobre energia no campo). A Cemig está conduzindo o maior programa de investimentos da história da empresa: mais de R$ 40 bilhões. Mas você não consegue pegar uma estrutura sucateada, em um estado do nosso tamanho, e recuperar em um ou dois anos. É um trabalho que vai levar alguns anos, mas que já foi iniciado”, falou.
Governo tenta viabilizar privatização
As declarações de Zema a respeito da Cemig ocorrem em meio a sinalização do governo estadual sobre a intenção de privatizar a energética. A empresa, assim como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), está na lista de estatais de Minas que podem ser negociadas com a iniciativa privada.
O Palácio Tiradentes quer, inclusive,
A Constituição Estadual determina que a venda de uma empresa como Cemig e Copasa deve obter o aval dos deputados estaduais e, depois, ser submetida a uma consulta pública. A previsão de referendo consta na lei desde 2001, quando o governador era Itamar Franco (MDB). À época, o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) punha em prática um programa de privatizações.
“É completamente inviável se fazer uma consulta popular para discutir privatizações de empresas do estado. A gente sabe que isso foi colocado na Constituição para impedir que se fizesse a venda ou que se discutisse a privatização onde ela deve ser discutida, no foro adequado, que é a Assembleia Legislativa”, afirmou, no início da semana, o secretário de Governo, Gustavo Valadares (PMN).