O governador de São Paulo,
“Sempre serei leal e terei gratidão a ele. Se estou aqui, devo a ele”, disse Tarcísio em cerimônia de comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932. Ele falou que quando era ministro não tinha problemas em discordar do então presidente e apresentar seu ponto de vista. “Nós podemos divergir em algum ponto sobre a reforma, não é possível que vamos sempre concordar em tudo.”
Veja também:
Tarcísio e Bolsonaro se reconciliam após encontro em Brasília Tempo vai dizer se Tarcísio sai menor ou maior depois de atrito com Bolsonaro, diz Salles à CNN Lira liga para Bolsonaro e pede que ex-presidente ‘preserve’ amizade de Tarcísio Haddad quer aprovação da reforma tributária com ‘ampla margem’ na Câmara, e Tarcísio reforça coro Tarcísio diz que apoia 95% de reforma tributária, mas cobra mudanças em novo Conselho
Neste domingo, Tarcísio falou que o texto aprovado foi o “texto possível” e que o próximo passo é acompanhar as mudanças que devem ser propostas no Senado. "É normal que haja aprimoramentos no Senado. Foi um processo complexo e denso, o da reforma tributária.”
Reforma tributária
Discutida há anos como necessária para descomplicar o sistema de impostos brasileiro, a reforma tributária entrou na mira do bolsonarismo para aquecer os embates entre o governo e a oposição. Bolsonaro chamou a medida de “soco no estômago dos mais pobres” nas redes sociais e antecipou que aconselharia os deputados de seu partido a votar contra.
Ele chegou a dizer que estava ‘chateado’ com a postura de seu ex-ministro em favor da aprovação da medida. Em reunião do PL, enquanto Tarcísio explicava seus argumentos em prol da reforma, foi interrompido mais de uma vez pelo ex-presidente que falou: “Pessoal, se o PL estiver unido, não apoia nada”. A emenda à Constituição teve o apoio de 20 deputados do PL.
A postura dos deputados bolsonaristas na Câmara dos Deputados mudou com relação ao governador. Antes visto como herdeiro político de Bolsonaro, agora os seguidores do ex-presidente questionam sua lealdade.
Revolução de 1932
Durante cerimônia neste domingo, o governador classificou a Revolução de 1932 como “divisor de águas” na história do Estado. “A partir de 32, São Paulo teve uma postura proativa, de protagonismo e independência. Buscou a academia no exterior e explica por que a Universidade de São Paulo é o que é hoje.”
"É importante celebrar o feito desses heróis do passado que lutaram pela ordem constitucional e pelo estado democrático de direito”, falou. "É dever de justiça celebrar o esforço dos heróis do passado para que a gente possa ter um futuro.”