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‘Queremos aumento, mas tem que ver a possibilidade do governo’, diz secretário de Segurança Pública de MG

Integrante da equipe do governador Romeu Zema (Novo), Rogério Greco falou, na Assembleia Legislativa, sobre reivindicação das tropas

Secretário de Segurança Pública, Rogério Greco, participou nesta terça-feira

O secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco, disse, nesta terça (20), que não compete à pasta comandada por ele decidir sobre um eventual reajuste às forças policiais. A declaração foi dada em meio a pedidos, das forças de segurança, por recomposição salarial de 35,44% em virtude de perdas inflacionárias.

“Todos queremos aumento. Isso é natural. Sou servidor público de carreira. Fiquei 30 anos no Ministério Público. Todos queremos. Agora: tem de ver a possibilidade (orçamentária) do governo. Nós, da Sejusp, não temos conhecimento técnico do orçamento no que diz respeito à recomposição”, afirmou.

Greco falou sobre o tema durante audiência na sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Ele foi convocado por deputados estaduais para prestar contas a respeito do trabalho feito nos primeiros dias do ano.

O secretário lembrou que os debates a respeito de eventuais aumentos ao funcionalismo são liderados pelas pastas de Governo, Fazenda e Planejamento e Gestão. Essas são as áreas responsáveis pela elaboração do orçamento público.

Apesar da ponderação, Greco afirmou que, se acontecer, a reposição das perdas inflacionárias será “uma coisa sensacional”.

Embora tenha atribuído o eventual aumento à capacidade fiscal do estado, Greco demonstrou disposição de atuar na interlocução entre as tropas e o poder público.

“Existem reuniões periódicas com o governo, de todos os secretários, e com os deputados”, garantiu.

Regime de estrita legalidade

Desde a semana passada, a fim de reivindicar uma recomposição de 35,44%, sindicatos orientaram policiais e agentes a seguir o regime de estrita legalidade.

No modelo, as forças de segurança cumprem apenas as atividades tidas como essenciais.Embora isso soe como uma obviedade, o cenário muda, segundo os representantes da categoria, nos casos em que o o governo de Minas não oferece estrutura suficiente para o serviço ser desempenhado.

“Estrita legalidade tem de ser sempre. Ninguém trabalha na ilegalidade. Então, falar em legalidade é um eufemismo”, minimizou Greco.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.