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Exército avalia individualmente mensagens de militares, mas quer evitar “caça às bruxas”

Conversas entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com militares tratavam de golpe de estado em novembro de 2022

Exército avalia individualmente mensagens de militares, mas quer evitar “caça às bruxas”.

Fontes do Exército brasileiro afirmaram à CNN que a instituição não quer ser vista como punitivista, nem instaurar uma espécie de “caça às bruxas” em relação à conduta de todos os militares identificados após investigação da Polícia Federal (PF) no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

As informações são da âncora da CNN Raquel Landim.

Mensagens extraídas do celular de Cid pela PF mostram que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente manteve em seu WhatsApp a cópia de um arquivo com declaração de Estado de Sítio no Brasil.

O relatório teve o sigilo suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após revelação de trechos do conteúdo em reportagens da imprensa. Moraes pediu ao diretor-geral da PF a instauração de um procedimento de apuração sobre o vazamento do documento.

Na análise do celular apreendido pela PF no dia 3 de maio, na operação em que Cid foi preso, os policiais apontaram que o ex-ajudante de ordens enviou três fotografias para ele mesmo pelo WhatsApp, às 23h39 do dia 28 de novembro do ano passado.

O Ministro da Defesa José Múcio Monteiro determinou que todos os militares identificados no grampo serão investigados.

Entre os militares investigados, está o coronel de artilharia do Exército Jean Lawand Júnior, de 51 anos. Lawand incentivou uma tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do último ano.

Lawand iria assumir o posto de representante militar nos Estados Unidos. A posse estava prevista para 2 de janeiro de 2024, mas sua promoção foi cancelada após a repercussão do caso.

(Publicado por Gustavo Zanfer)

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