O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste sábado (17), que as elites do Brasil não desejavam sua vitória nas urnas em 2022. Durante a entrega de residências do “Minha Casa, Minha Vida” em Abaetetuba, no Pará, ele afirmou que governa prioritariamente para os “mais humildes” e defendeu políticas de distribuição de renda.
“Se dependesse da elite brasileira, eu não estaria aqui. Estou aqui, justamente, por conta do povo pobre e trabalhador deste país. Tenho consciência disso. Por isso, digo sempre: governo para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, mas serão as pessoas mais humildes e vulneráveis, que menos ganham, que merecem a atenção do Estado brasileiro, das prefeituras e dos governadores”, falou.
Ao lado de políticos como o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB-PA), Lula afirmou que o dinheiro “precisa circular” entre os cidadãos.
“Uma cidade, um estado ou um país em que apenas uma minoria da sociedade tem muito dinheiro, mas o resto não tem nada, tem miséria, fome, desemprego, violência e prostituição. E, muitas vezes, é dominado por coisas que a gente não gostaria. Mas, em um país em que em vez de poucos terem muito dinheiro, todos tiverem pouco dinheiro significa progresso, desenvolvimento, consumo, emprego, salário e educação”, prosseguiu.
O presidente pediu aos estudantes da plateia que continuassem dedicados ao conhecimento. “Por que o pobre não pode ter um telefone celular ou um computador?”, perguntou.
220 casas
O evento deste sábado serve para a formalização da entrega de 220 casas em Abaetetuba. A expectativa é que 880 pessoas vivam nas moradias.
Depois, Lula viaja até Belém, na capital paraense, para uma solenidade ligada à COP-30, a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU),
Ele deve aproveitar a visita para se encontrar com o deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA),