O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quinta-feira (1º), a indicação de Cristiano Zanin para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado, que defendeu Lula em processos da Operação Lava-Jato, precisa ser aprovado pelo Senado para ocupar a cadeira do STF que era de Ricardo Lewandowski, ministro que se aposentou neste ano.
Em coletiva de imprensa, Lula explicou por que indicou Zanin ao posto. “Você já esperava que eu fosse indicar o Zanin, todo mundo esperava, não só pelo papel que ele teve na minha defesa, mas simplesmente por que o Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte”, defendeu.
“Eu conheço as qualidades como advogado, como chefe da família, e conheço a formação do Zanin (...). Ele será um excepcional ministro da Suprema Corte se aprovado pelo Senado, e acredito que será, e acho que o Brasil vai se orgulhar de ter o Zanin como ministro da Suprema Corte”, completou Lula.
Na noite de quarta-feira (31), horas antes da confirmação de Lula, Zanin jantou com Gilmar Mendes, ministro que ocupa há mais tempo uma cadeira na Suprema Corte, e com Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Horas antes, Zanin também se encontrou com o presidente do Congresso Rodrigo Pacheco.
Informalmente, Lula havia comunicado na semana passada aos ministros do supremo que indicaria Zanin à vaga, segundo a CNN.
Como funciona a aprovação?
Para assumir o cargo, o indicado pelo presidente precisa ser aprovado pela maioria absoluta dos 81 senadores. Primeiro, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado precisa sabatinar Zanin para avaliar a adequação ao cargo — podem ser questionados temas jurídicos, políticos e também pessoais. Em seguida, a comissão emite o parecer pela aprovação ou não, e o nome é submetido ao plenário do Senado. Para ser confirmado como ministro do Supremo, Zanin precisa do voto de ao menos 41 dos 81 senadores.
(Com informações de CNN)