O advogado Tom Goodhead, do escritório Pogust Goodhead, se reuniu com a ministra do Meio Ambiente da Austrália, Tanya Plibersek, para apresentar o processo que cobra reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana no ano de 2015.
Goodhead atua na defesa dos atingidos na cidade mineira. O encontro com Plibersek aconteceu na quinta-feira (18). Uma das controladoras da Samarco é a BHP Billiton, empresa australiana - a Vale é a outra.
“Viemos à Austrália para reunir com políticos, sindicatos, ONGs, empresários e acionistas da BHP para mostrar que, mais de sete anos após o rompimento da barragem do Fundão, a gigante da mineração BHP, que é australiana, se recusa a oferecer reparação justa às vítimas”, disse ele.
“Explicamos à ministra que o desastre comprometeu de forma irremediável a Bacia do Rio Doce e afetou a vida de mais de um milhão de moradores da região, grande parte deles pessoas socialmente vulneráveis. Agradecemos Plibersek por ter doado seu tempo às vítimas de Mariana de forma tão aberta e generosa”, acrescentou Tom Goodhead.
No início do mês,
O adiamento aconteceu com o argumento de que as partes precisam de mais tempo hábil para se preparar e cumprir etapas processuais para a audiência. A BHP, em recurso, pedia que a sessão fosse jogada para 2025.
Repactuação
Já no Brasil, está em negociação a repactuação do acordo de Mariana. Participam das conversas o governo federal, o governo de Minas Gerais, o governo do Espírito Santo, o Ministério Público e a Defensoria Pública, além da Samarco, da BHP e da Vale.
O acordo está próximo, mas o
“Todos já têm um apoio a esse acordo, que vai ser o maior do Brasil. E, que vale lembrar, vai proporcionar a recuperação de áreas degradadas por aquele desastre e também reparação social. Quem é contra um acordo desse? Então eu fico aí por entender qual tem sido a visão do governo federal que tem postergado esse acordo que já poderia ter sido concretizado”, disse o governador em entrevista à Itatiaia no dia 9 de maio.