O governo de Minas pretende investir R$ 9 milhões, nos próximos dois anos, no Programa Minas Literária. A intenção é incentivar a leitura e criar uma colaboração entre bibliotecas públicas e escolas para melhorar o acesso à informação no Estado.
Em evento na manhã desta quinta-feira (18) o governador citou melhorias em escolas estaduais, mas não comentou sobre o projeto de lei que vai reajustar o salário dos professores, que ainda não foi enviado à Assembleia de Minas.
Durante o discurso, na sede da Biblioteca Pública Estadual, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o Governador Romeu Zema (Novo), afirmou que o ideal era que esse investimento tivesse sido feito no primeiro mandato, mas segundo o governador, ele herdou um sistema educacional com graves problemas.
Apesar de não citá-lo nominalmente, Zema fez críticas Fernando Pimentel (PT), responsável por comandar Estado antes do político do Novo.
“Isso poderia ter sido feito há 4 anos, mas será que era correto fazer isso há 4 anos, quando nossas escolas estavam literalmente desmoronando? Nossos alunos, no lugar de usar o banheiro, estavam usando os jardins para fazer suas necessidades. A merenda era um ensopado de água com arroz. Tivemos que priorizar, reformamos as escolas e melhoramos a merenda, que hoje tem carne, proteina e frutas”, disse Zema.
Para atender todo o território mineiro, o programa vai criar a Rede de Bibliotecas Integra Gerais, composta por bibliotecas em todas as regiões do Estado.
Dos 9 milhões aplicados no Minas Literária, 8 milhões virão do orçamento direto do Estado e um milhão terá origem em projetos de lei de incentivo à cultura de programas das esferas estadual e federal.
Piso salarial dos professores
Durante o evento, Zema fez apenas pronunciamentos. Não respondeu perguntas da imprensa. Apesar do tema ser educação, o governador não fez nenhuma menção ao pagamento do piso nacional salarial dos professores de Minas Gerais.
O fato do governo ainda não ter enviado um projeto tratando deste tema para assembleia fez que os deputados do bloco de oposição anunciassem nessa quarta-feira a obstrução da pauta do legislativo estadual. Os deputados disseram que, enquanto o projeto de lei não chegar, nada será votado na Assembleia.