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Vereadora propõe trocar nome de viaduto em BH de fundadora do PT para Olavo de Carvalho

Vereadora Flávia Borja (PP) quer alterar denominação do Elevado Dona Helena Greco

O escritor Olavo de Carvalho

Projeto de lei apresentado pela vereadora Flávia Borja (PP) quer trocar o nome do viaduto Dona Helena Greco, localizado no bairro Carlos Prates, para “Professor Olavo de Carvalho”, em homenagem ao escritor que morreu no início de 2022 nos Estados Unidos.

Na justificativa do projeto, a vereadora argumenta que Olavo de Carvalho foi um “gigante pensador” e que sua importância para o cenário político e intelectual brasileiro foi reconhecida pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que decretou luto oficial de um dia após sua morte.

“Olavo foi um grande referencial para o pensamento político brasileiro, descrevendo com maestria conceitos filosóficos complexos e tendo também escrito uma série de livros, inclusive best-sellers”, disse Flávia Borja.

O projeto de lei ainda está na Comissão de Legislação e Justiça. O relator, Ramon Bibiano (PSD), enviou uma série de perguntas à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) antes de emitir seu parecer.

Entre elas, se o homenageado já foi condenado judicialmente por crime hediondo, por crime contra o estado democrático ou por crime contra a administração pública e se há outro logradouro ou próprio público (praças, por exemplo), com o mesmo nome. O prazo para a PBH responder é o dia 9 de abril.

Fundadora do PT substituiu ditador

Natural de Abaeté, Dona Helena Greco, que atualmente dá nome ao viaduto, foi uma das fundadoras do PT em Belo Horizonte e a primeira mulher a ser eleita vereadora da cidade. Ela exerceu dois mandatos entre 1982 e 1992. Antes disso, lutou contra a ditadura militar e liderou o Movimento Feminino pela Anistia em Minas Gerais

Até 2014, o elevado homenageava o primeiro presidente da ditadura militar, o ditador Humberto Castello Branco. Naquele ano, no entanto, o nome foi alterado para Helena Greco após projeto do vereador Tarcísio Caixeta (PT).

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.