Em sessão de prestação de contas na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) admitiu os problemas do contrato da cidade com as empresas de ônibus, mas afirmou que ainda não existe uma solução alternativa para o transporte coletivo na capital mineira.
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Fuad foi questionado pelos vereadores sobre os problemas de mobilidade enfrentados diariamente pela população e também sobre a possibilidade de um rompimento no contrato firmado com as concessionárias.
“Essa Casa aprovou e já virou lei o projeto que cria novas regras para o transporte coletivo, que esperamos que seja resolvido da forma mais rápida possível. Temos outro projeto que está aqui, que autoriza a prefeitura efetuar o pagamento, espero que seja avaliado e aprovado o mais rápido possível”, afirmou Fuad.
O prefeito afirmou que, caso encerre o contrato com as empresas de ônibus, a cidade poderá ficar sem ônibus até que uma nova empresa assuma o serviço de transporte coletivo.
“Com relação a encerrar o contrato, nós temos um problema muito grave. Ao encerrar o contrato, vou gastar de seis meses a um ano para fazer uma nova licitação. Isso impede que se tenha ônibus em BH. Então temos que conversar sobre isso. Não tenho amor por esse contrato, sei que é ruim, ultrapassado, foi feito em 2008, completamente fora da realidade atual, mas é o que nós temos”, disse Fuad.
Ele defendeu que a Câmara e a PBH trabalhem para garantir o funcionamento do sistema de mobilidade, enquanto discute uma nova licitação.
“Precisamos manter o funcionamento do sistema, com uma qualidade melhor, com mais exigências e mais regras. E então partir para uma nova licitação. Aí teremos tempo para fazer uma nova licitação, e quando tivermos um ganhador ele assume”, explicou.