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Gabriel Azevedo diz que Burguês fez teatro de ‘quinta categoria’ e que CMBH tem ‘um bandido a menos’

Presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, rebateu denúncias de Léo Burguês, que renunciou na tarde desta quarta-feira (8)

Presidente da CMBH, Gabriel Azevedo, afirmou que Casa tem ‘um bandido a menos’ a partir de hoje

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), afirmou que as denúncias apresentadas por Léo Burguês (União Brasil) momentos antes de renunciar ao cargo de vereador foram “teatro de quinta categoria” e que saída do parlamentar da Casa representa “um bandido a menos”.

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“Hoje é um dia de festa para BH, Léo Burguês não é mais vereador nessa cidade. Esse bandido, esse canalha, que todo mundo conhece de outros carnavais, ele sai dizendo que fiz o que fiz por autopromoção e vaidade. Pois, se minha vaidade foi responsável pela cassação de Burguês, então minha vaidade faz muito bem para BH”, afirmou Gabriel.

Em sua última manifestação como vereador, Burguês mostrou um vídeo gravado pelo ex-vereador Carlos Henrique, que levou uma denúncia na Câmara sobre suposta prática de rachadinha do vereador Ciro Pereira (PTB).

“Eu adorei, o que o Léo Burguês, ator de quinta categoria, mostrou aqui. É um abraço de afogados, o Carlos Henrique é suplente de Ciro Pereira, se tivesse cassação de Ciro o Carlos entraria. Eles combinaram de me gravar, falaram que eu teria que aceitar, montaram uma cena para tentar mostrar que eu estaria agindo de modo pessoal contra Burguês. Mas eu segui o regimento à risca”, disse Gabriel Azevedo.

“Se o ex-vereador achar que isso foi errado, que ingresse na Justiça. Amanhã, os senhores Léo Burguês e Carlos Henrique, podem esperar que terá processinho. No caso dos senhores, pode ser um bom dia vendo o sol nascer quadrado, porque lugar de bandido não é na Câmara Municipal”, disse.

O vereador de Belo Horizonte, Léo Burguês (União), renunciou ao seu mandato na Câmara Municipal. Hoje, os vereadores votariam a abertura de um processo de cassação do mandato do vereador Léo Burguês (União), o que acabou não acontecendo devido à renúncia. Em sessão plenária, a Mesa Diretora leu o pedido de cassação por quebra do decoro parlamentar, assinado pelo advogado Mariel Marra, mas os parlamentares não chegaram a votar sobre a abertura do procedimento.

“A população tem que ficar é com orgulho. Estou há 1 mês e 8 dias e já temos um cassado. Aqui em BH, bandido é cassado. A Câmara está exorcizando a bandidagem. Dá trabalho tirar a bandidagem, mas nós estamos tirando. É um bandido a menos. E se tiver mais bandido, lugar de bandido é na cadeia e não no parlamento”, afirmou Gabriel Azevedo.

Lucas Ragazzi é jornalista investigativo com foco em política. É colunista da Rádio Itatiaia. Integrou o Núcleo de Jornalismo Investigativo da TV Globo e tem passagem pelo jornal O Tempo, onde cobriu o Congresso Nacional e comandou a coluna Minas na Esplanada, direto de Brasília. É autor do livro-reportagem “Brumadinho: a engenharia de um crime”.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.