Em meio às divergências públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Banco Central, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (7) que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi mais “amigável” do que o comunicado da semana passada.
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Segundo o ministro, o documento publicado nesta terça pelo Banco Central trouxe pontos importantes sobre o trabalho que está sendo feito pelo Ministério da Fazenda.
“Hoje a ata do Copom veio melhor que o comunicado. A ata foi mais extensa, mais analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho da Fazenda. A ata foi mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados. Considero que a ata deu um passo e é melhor que o comunicado”, disse Haddad.
Em meio às reiteradas críticas do presidente Lula à atuação do BC, o Copom fez um aceno ao governo e reconheceu nesta terça-feira (7), na ata de seu encontro deste mês, que o pacote fiscal anunciado no mês passado pela equipe econômica pode ajudar no combate à inflação.
Na segunda-feira (6) à noite, Haddad chegou a dizer que o comunicado do Copom na semana passada “poderia ter sido mais generoso” com as medidas propostas por ele para tentar reduzir o rombo fiscal deste ano. Na ata desta terça, porém, o colegiado destacou justamente o pacote de intenções do ministro.
O colegiado avaliou que o efeito líquido da condução da política fiscal sobre a inflação é muito dependente das condições macroeconômicas e financeiras vigentes.
“Assim, ao analisar os múltiplos canais, incluindo o movimento nas condições financeiras advindas de juros futuros, e atualizar as hipóteses de trajetória fiscal para incorporar o orçamento sancionado para 2023, o Comitê avalia que as perspectivas para a atividade não tiveram alteração relevante”, acrescentou a ata.