O secretário de Governo do estado de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), indicou desagrado com a forma como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) vêm conduzindo as discussões sobre a reforma agrária.
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Kassab deu entrevistas nos últimos dias e participou de evento com empresários nesta segunda-feira (6) demonstrando divergências sobre o tema.
“Se fizermos a tributária sem pensar a administrativa, não vai ser uma reforma tributária. Vai ser um projeto para aumentar a carga”, disse o secretário do governo paulista e ex-prefeito de São Paulo.
A equipe econômica de Lula pretende aprovar uma reforma tributária fatiada: primeiro alterando as regras de tributação sobre o consumo e depois alterando as cobranças sobre renda.
Kassab afirmou que várias propostas sobre a reforma em tramitação no Congresos têm méritos e podem representar avanço no modelo brasileiro. Ele citou a PEC 45, elaborada pelo atual secretário do Ministério da Fazenda Bernardo Appy, e o projeto sobre o Imposto de Renda elaborado pelo ex-ministro Paulo Guedes.
Em entrevista divulgada no domingo (5), na Rede Bandeirantes, Kassab afirmou que estabelecer prazos curtos para a aprovação da reforma tributária foi um “grande erro” de Fernando Haddad. Ele afirmou que, caso o governo não consiga atender ao prazo, será considerado um “grande fracasso do governo”.