O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou aos governadores, durante encontro nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar obras públicas nos estados e nas cidades brasileiras, além de pequenas, médias e grandes empresas.
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“Cada governador tem uma obra na cabeça que é a obra de seu sonho para seu estado. Nós queremos compartilhar com vocês a possibilidade de repartir o sacrifício de fazer essas obras. Pretendo fazer com que o BNDES volte a ser um banco de desenvolvimento, e para ser um banco de desenvolvimento tem que ter paciência e competência para, se necessário, emprestar dinheiro para os governadores concluírem obras em seus estados”, avaliou.
“Banco do Nordeste vai voltar a emprestar, se o governador tiver com as contas bem equilibradas para que possa fazer dívida. Obviamente que se não puder fazer dívida vamos ter que encontrar um jeito de como ajudar a pagar a dívida. Mas se o governo tiver as contas em ordem e possibilidade de endividamento, não há porque o governo federal através dos bancos públicos não facilitar que os governadores tenham acesso para fazer as obras importantes para cada Estado”, disse Lula.
A fala de Lula serviu como uma resposta às críticas que o governo petista recebe por ter financiado, por meio do BNDES, obras em outros países, normalmente de políticos ideologicamente alinhados ao PT.
Vaca Muerta
Em encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández,
O anúncio gerou críticas entre políticos e economistas brasileiros, que alertam para a retomada da política de financiamento adotada nos primeiros mandatos do governo petista.
O governador Romeu Zema (Novo), foi um dos políticos que demonstrou receio com os financiamentos externos.
“O Brasil é um país carente de recursos, né? Eu vejo que nós tínhamos de priorizar obras no Brasil. Se existe necessidade de fazer gasoduto na Argentina nós temos necessidades em Minas Gerais. Eu acho que o mineiro depende mais dos recursos federais do que outros povos, porque o Brasil com toda certeza consome todos esses recursos que os bancos oferecem. Nós temos ainda um país por ser construído, um país por ser feito. Eu espero que o bom senso venha prevalecer”, disse Zema.