Nomeado neste sábado (21) para
Ribeiro Paiva era o comandante militar do Sudeste e participava de uma cerimônia de homenagem à missão brasileira no Haiti, país da América Central que sofreu com um terremoto que deixou mais de 200 mil mortos e provocou uma crise humanitária no país, em 2010.
“Nesses últimos dias estamos vivendo uma espécie de terremoto no Brasil, mas um terremoto de outra origem, político, que não causou nenhuma vítima fatal, mas causa feridas”, afirmou.
Segundo ele, o “terremoto” tem como objetivo “matar nossa coesão, nossa hierarquia e disciplina, nosso profissionalismo, o respeito que a gente tem e o nosso orgulho de vestir essa farda”, disse. “E não vai conseguir”, sentenciou.
O general Ribeiro Paiva ainda defendeu o Exército como instituição de Estado - e não de governo - e que deve “cumprir a missão” independentemente de quem ocupe a Presidência da República.
“Vamos continuar garantindo a democracia, porque a democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e, também, é o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta, nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel da instituição de Estado, da instituição que respeita os valores da pátria. Somos Estado”, afirmou.
Troca no comando do Exército
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu o general Júlio César de Arruda, do cargo de comandante do Exército, neste sábado (21).
Arruda havia sido nomeado por Bolsonaro no dia 30 de dezembro e teve a posse antecipada em um acordo com a equipe de transição. Entretanto, o ministro da Defesa José Múcio, havia confirmado Arruda no posto.
A demissão ocorre um dia depois de uma reunião entre Lula, Múcio e os comandantes das Forças Armadas, no Palácio do Planalto. Na ocasião, o ministro da Defesa disse que