A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), mulher mais votada à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nas eleições deste ano, disse em entrevista à Itatiaia que espera que a relação entre os governos estadual e federal melhores no próximo mandato.
A petista, que obteve mais de 250 mil votos, diz acreditar em uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que ele irá “dialogar republicanamente” com os governadores, mesmo os de oposição, como é o caso de Romeu Zema (Novo), reeleito em Minas Gerais.
De acordo com Beatriz, Lula irá olhar para o estado, “coisa que Bolsonaro nunca fez”.
“Durante quatro anos as pautas era muito mais ideológicas do que pautas reais para o povo brasileiro e o povo mineiro”, criticou. “Lula tem compromisso com o estado, apresentou propostas e disse concretamente que vai dialogar republicanamente com todos os governadores, com todos os prefeitos de capitais. Vejo condições melhores para as políticas públicas chegando ao estado com Lula presidente”, afirmou.
Parlamento ou ‘puxadinho’?
Reeleita para um segundo mandato, Beatriz Cerqueira disse não ter ficado surpresa com um provável aumento da base do governador Romeu Zema para o seu segundo mandato. Parlamentares do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, como Bruno Engler, disseram que
“Os bolsonaristas sempre foram aliados do governo. Ajudaram a aprovar a reforma da Previdência no estado, tanto na política de que o ‘vírus precisava viajar’, incentivando a politica de imunidade de rebanho como em outras pautas de privatização e não fortalecimento do serviço público, num dos piores momentos que o estado enfrentou”, afirmou.
A deputada ainda criticou Zema e disse que ele ficou “insatisfeito” com a postura da Assembleia Legislativa durante o primeiro mandato porque “não teve um puxadinho”.
“Foi importantíssimo a Assembleia não ter abaixado a cabeça e aprovado o Regime de Recuperação Fiscal. Estaríamos em uma situação bem pior do que estamos hoje. Acho que o governador fiocou insatisfeito porque não teve um puxadinho no lugar do Parlamento”, afirmou.