No primeiro grande
“Estarei aqui com cada mulher, com cada homem e com cada criança porque, em 1792 um homem foi enforcado aqui porque queria a independência desse país. Eles esquartejaram e o penduraram no poste. E o que eu queria dizer é que nós estamos de volta para fazer uma nova independência desse pais”, afirmou.
Lula chegou à Praça da Estação por volta das 18h55, quando foi anunciado ao palco pela cantora Aline Calixto e o jornalista Chico Pinheiro, que comandaram a apresentação do ato. O petista chegou acompanhado do candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), do candidato ao Senado, Alexandre Silveira (PSD), e de lideranças dos partidos que compõem a chapa de Kalil: PSD, PT, PCdoB, PV, PSB e Rede.
Durante o seu discurso, Lula chamou Bolsonaro de “desequilibrado” e quis demarcar a diferença entre as duas candidaturas que lideram as pesquisas de intenção de voto.
“Estamos enfrentando uma pessoa desequilibrada mentalmente, desestruturada do ponto de vista psicológico, que acha que a polícia tem que matar e não prender. Que acha que tem que vender arma e não livros. Que acha que tem que estimular o ódio e não o amor. Isso é exatamente o contrário do que queremos”, disse.
Lula disse, ainda, que, se eleito, criará o Ministério dos Povos Originários e que “um indígena será será ministro desse país”. Ele também prometeu “reconstruir” os ministérios da Igualdade Racial, da Mulher e da Micro e Pequena Empresa. O candidato à Presidência também garantiu que não privatizará bancos estatais como a Caixa Econômica Federal e o BNDES, além da Petrobras e os Correios, e que não haverá garimpo ilegal em terras indígenas.
Em outro momento do discurso, Lula citou sua prisão e disse ele foi colocado em uma cela na Polícia Federal em Curitiba, para que não fosse eleito.
“Quero que saibam que não tenho mais mágoa no coração. Até já esqueci das mentiras que contaram, dos 580 dias que me trancaram na Polícia Federal para que eu não fosse eleito em 2018. Não tenho razão para ter ódio, raiva. Se tivesse, não seria candidato”, afirmou. “Mas eu quero provar para eles que o país tem jeito, que o metalúrgico vai recuperar a dignidade desse país”, completou.
‘No grito’
Antes de Lula assumir o microfone, Kalil fez um discurso breve e respondeu a uma declaração do governador Romeu Zema (Novo), que criticou o ex-prefeito de Belo Horizonte e o ex-presidente Lula ao dizer que
“Eu ouvi hoje do senhor governador que eu grito muito. E grito mesmo. Foi no grito que abrimos hospital, que eu construí um posto de saúde a cada dois meses, que reformei 240 escolas. Foi no grito que coloquei 200 toneladas de asfalto no chão e que mandamos 6 milhões de cestas básicas, seu fala mansa”, disse se referindo a Zema. “E é no grito que vamos colocar esses m... para fora”, completou.