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Redução do ICMS tira R$ 3 bilhões de arrecadação dos municípios, diz CNM

Estudo da Confederação Nacional dos Municípios calculou impacto que cidades terão com redução do ICMS

Preço dos combustíveis caiu com redução do ICMS

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e divulgado nesta segunda-feira (4) aponta que os 853 municípios mineiros devem perder R$ 3 bilhões em arrecadação anual com a redução do ICMS sobre combustível, energia elétrica e comunicações.

Os prefeitos cobram do governo federal uma forma de compensar os valores que deixarão de ser arrecadados com a redução do imposto.

De acordo com a CNM, Belo Horizonte deixará de arrecadar R$ 200 milhões a cada ano com a redução da alíquota do imposto.

A mudança na cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de comunicação entrou em vigor na semana passada, quando o governador Romeu Zema (Novo) decretou a redução do imposto.

Assim como os prefeitos, vários governadores também cobram do governo federal uma maneira de compensar a queda na arrecadação. “O governo federal precisa cumprir com compensações, caso contrário, os 853 prefeitos vão enfrentar dificuldades para custear áreas essenciais”, disse Zema.

A medida que limita em 18% a alíquota do ICMS foi aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo federal apostou na proposta como solução para reduzir o valor para os consumidores.

Nesta segunda-feira (4), o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, apresenta, em Brasília, os dados sobre impactos decorrentes de decisões tomadas em Brasília com perdas para os municípios.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.