Considerada uma das raças mais inteligentes do mundo, o Border Collie precisa de estímulo mental e físico para evitar problemas de comportamento
O Border Collie é conhecido pela impressionante capacidade de aprender comandos e por um nível elevado de energia.
Criado originalmente para o pastoreio, esse cão precisa de desafios diários para manter o equilíbrio comportamental e emocional. Mas como adestrar um Border Collie de forma eficaz e respeitosa?
De acordo com o Manual de Boas Práticas do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o adestramento deve ser sempre baseado em reforço positivo.
Isso significa recompensar os comportamentos desejados com petiscos, brinquedos e carinhos. Punições físicas ou métodos coercitivos devem ser evitados pelos tutores.
“As práticas punitivas têm maior chance de provocar medo, estresse e reatividade nos cães”, alerta o documento.
Além disso, o Border Collie tem demandas específicas de socialização e estímulo mental que diferem de cães de outras raças.
Segundo a VCA Hospitals, rede norte-americana de clínicas veterinárias, o tédio e a frustração em cães inteligentes como o Border Collie podem levar a comportamentos destrutivos e compulsivos, como roer móveis, cavar ou perseguir sombras.
Reforço positivo, rotina e estímulos variados são essenciais
Para que o adestramento funcione e traga resultados duradouros, é importante entender que o Border Collie responde melhor a sessões curtas, frequentes e bem planejadas.
Adestradores profissionais recomendam o uso de brinquedos interativos, práticas esportivas e comandos variados para manter o animal engajado.
O Departamento de Ciências Animais da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, destaca que a estimulação cognitiva deve fazer parte da rotina de cães de raças ativas, principalmente nos primeiros anos de vida.
Isso ajuda a prevenir problemas futuros de ansiedade ou frustração.
Veja práticas indicadas para o adestramento do Border Collie:
- Use recompensas positivas: petiscos, elogios e brinquedos ao acertar comandos;
- Ofereça sessões curtas e frequentes: de 5 a 10 minutos, várias vezes ao dia;
- Inclua atividades físicas: como frisbee, agility ou trilhas leves;
- Estimule o olfato e o raciocínio: com brinquedos interativos ou caça ao petisco;
- Evite gritos, broncas ou punições físicas: que podem comprometer o vínculo com o tutor;
- Integre o cão ao convívio social desde cedo: apresentando a outros animais e pessoas.
Quando buscar ajuda profissional
Se o tutor observar comportamentos compulsivos, dificuldade em aprender comandos ou hiperatividade excessiva, é recomendável buscar orientação profissional.
Adestradores com formação em comportamento canino ou médicos-veterinários especializados podem avaliar o histórico do cão e indicar o melhor caminho.