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Tutores devem respeitar o ritmo do gato ao trocar a areia da caixa

Respeitar o ritmo do gato fortalece o vínculo e assegura que ele continue a utilizar a caixa de forma adequada

Cada gato é único, e o tempo de adaptação pode variar, mas com paciência e atenção às necessidades do felino, a transição para uma nova areia pode ser tranquila

Gatos são animais sensíveis a mudanças, e isso inclui alterações no tipo de areia utilizada em suas caixas higiênicas. De acordo com a International Cat Care (ICC), organização britânica referência no bem-estar felino, uma substituição abrupta pode levar os bichanos a terem comportamentos indesejados, como se recusarem a usar a caixa ou a fazer as necessidades em locais inadequados.

Além disso, o estresse causado por mudanças abruptas pode comprometer a saúde física do felino e resultar, por exemplo, em quadros de cistite idiopática felina, conforme alerta a International Society of Feline Medicine (ISFM).

Para evitar esses problemas, especialistas recomendam uma transição gradual para respeitar o tempo de adaptação do felino.

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Segundo o portal Petz, “quando a questão não é alergia, que pede uma mudança mais rápida, a transição deve ser feita de forma gradativa, introduzindo lentamente a nova areia enquanto você ainda mantém uma quantidade significativa da areia antiga na caixa”.

Essa abordagem permite que o gato se acostume com a nova textura e cheiro, minimizando a resistência à mudança.

Para facilitar a adaptação do gato à nova areia, os tutores podem:

  • Misturar 75% da areia antiga com 25% da nova durante os três primeiros dias;
  • Ajuste a proporção para 50% de cada tipo entre os dias quatro e seis;
  • Aumente para 75% da nova e 25% da antiga do sétimo ao nono dia;
  • A partir do décimo dia, utilize 100% da nova areia.

Durante a transição, é fundamental manter a caixa sempre limpa. A higiene adequada, com a remoção diária de resíduos e a lavagem periódica da caixa com água e sabão neutro, contribui para a aceitação da mudança.

Outra recomendação importante é manter, se possível, uma segunda caixa com o tipo anterior até que a adaptação esteja completa.

De acordo com a American Pet Products Association (APPA), “em lares com múltiplos gatos, é essencial ter mais caixas que o número de animais, para reduzir o estresse e disputas territoriais”.

Respeite o comportamento natural do gato

Cada gato é único, e o tempo de adaptação pode variar. Com paciência e atenção às necessidades do felino, a transição para uma nova areia pode ser feita com sucesso, bem-estar e saúde.

Como reforça a veterinária especialista em comportamento felino, Ilana Reis, em entrevista ao portal G1: “Mudanças no ambiente do gato devem sempre ser feitas de maneira cuidadosa e gradual. O respeito ao tempo do animal é fundamental para evitar problemas comportamentais e de saúde”.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.