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Plantas seguras para cães: quais são as espécies para um lar saudável?

Muitas plantas ornamentais comuns podem ser tóxicas para os animais e causar desde irritações leves até problemas mais graves

Em caso de ingestão acidental, é fundamental procurar atendimento veterinário imediato e informar a espécie da planta em questão para um tratamento adequado

Integrar plantas à decoração de casa traz beleza e bem-estar, mas para quem convive com cães, é preciso escolher espécies que não representem riscos à saúde dos pets.

Muitas plantas ornamentais comuns podem ser tóxicas para os animais e causar desde irritações leves até problemas mais graves.

Felizmente, há uma variedade de plantas seguras que permitem criar um ambiente verde e acolhedor sem comprometer a segurança dos cães.

A médica veterinária Manoella Tuppan alerta que “a maioria dos animais que se intoxicam tem idade até oito meses e, por serem pequenos e imaturos, querem cheirar e comer de tudo”.

Ela enfatiza a importância de observar o comportamento dos filhotes e manter plantas potencialmente tóxicas fora do alcance.

Em caso de ingestão acidental, é fundamental procurar atendimento veterinário imediato e informar a espécie da planta em questão para um tratamento adequado.

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Quais são as plantas seguras para cães e quais são as tóxicas

Algumas plantas já são conhecidas por serem seguras para cães e não apresentarem perigo, como lavanda, alecrim, camomila, capim-limão e manjericão.

Além das ervas aromáticas, plantas ornamentais como orquídea, girassol e bambu podem ser cultivadas em casa sem riscos para os cães.

Por outro lado, há plantas comuns que podem ser perigosas para os pets e devem ser evitadas, segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Sul (CRMV-RS).

Entre elas estão antúrio, copo-de-leite, costela de adão e espada de São Jorge. Confira outras:

  • Espirradeira (Nerium oleander): altamente tóxica e pode causar problemas cardíacos;
  • Cartucheira (Brugmansia suaveolens): contém alcaloides tóxicos que afetam o sistema nervoso;
  • Lírio (Lilium spp. e Hemerocallis spp.): extremamente tóxico, especialmente para gatos, mas também perigoso para cães;
  • Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia): pode causar irritações na boca e no trato digestivo. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Espírito Santo (CIATox-ES), “todas as partes da planta são tóxicas”, por possuírem um látex capaz de causar lesões na pele e mucosas.
  • Azaleia (Rhododendron spp.): a ingestão dela pode levar a vômitos, diarreia e problemas cardíacos.

Para garantir um ambiente seguro e agradável para seus cães, é preciso pesquisar antes de adquirir as plantas e certificar-se de que as espécies escolhidas são seguras para pets.

Caso haja plantas tóxicas na casa do tutor, deve-se evitar o acesso do cachorro a elas. Além disso, observe o comportamento dele e ensine-o a não mastigar plantas.

Outra medida que contribui para a segurança e o bem-estar dos cães é o oferecimento de alternativas e enriquecimento ambiental. Os tutores devem disponibilizar brinquedos e atividades para reduzir o interesse por plantas.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.