De 2 a 10 de outubro, Mariana será sede da IX edição do FESTECO - Festival de Teatro Comunitário, que reúne grupos de teatro amador e profissional de diversas regiões do Brasil. O evento foi criado pela professora Juliana de Conti em parceria com a Escola Estadual João Ramos Filho e a Associação Cultural Caminho do Sol, com o objetivo de envolver a comunidade na produção artística e ampliar o acesso ao teatro.
Gabriel Cafuzo, da equipe de produção do festival falou à rádio Itatiaia sobre a importância do projeto para a comunidade:
“O festival tem uma importância muito grande na cidade, pois ele traz toda a carga cultural da periferia para o centro. A gente consegue agregar todas as comunidades do entorno do centro, produzindo arte aqui e trazendo essa experiência do contexto periférico para o centro. Então, para nós, é um fator muito importante.
Além disso, a gente tem trabalho técnico do teatro que é desenvolvido com as crianças, fazendo com que elas se desenvolvam em áreas técnicas do teatro, aprendendo sobre esse lugar artístico, que não é simplesmente se apresentar, né? Mas também compor com outras áreas, como iluminação, sonorização e outras áreas ligadas ao fazer teatral. É uma vivência muito completa, que faz com que a comunidade seja bem atendida e tenha suas necessidades culturais atendidas.”
O festival terá programação dividida em duas etapas. Na Fase Estudantil, cerca de 450 estudantes do ensino fundamental e médio de Mariana participarão das atividades diretamente. Na Fase Nacional, mais de 30 grupos de teatro vindos de diferentes estados apresentarão espetáculos em diversos pontos da cidade, fortalecendo o intercâmbio cultural e mantendo o caráter coletivo que caracteriza o FESTECO.
“Tem essa característica de formação de público, por atender a demanda de novos artistas. Toda essa comunidade que traz novos artistas — o festival, que é estudantil no começo, faz com que se desenvolva todo um processo de entendimento da arte para esses novos artistas — também atrai familiares, gerando uma demanda de público.
Além disso, há uma troca com a fase nacional, com grupos de outros lugares, que faz com que o teatro se torne vivo, trazendo uma experiência mais rica além do que produzimos nas nossas comunidades”, explicou Gabriel.
A participação da comunidade está presente em várias etapas do festival, incluindo a arrecadação de alimentos para os grupos visitantes e a oferta de alojamento para os artistas. O envolvimento popular reforça a dimensão comunitária do evento, no qual a arte é vivenciada como ação compartilhada e integrada à identidade local.