Neste 17 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Vacina, uma data dedicada à conscientização sobre a importância da vacinação na prevenção de doenças e na promoção da saúde coletiva.
Em um cenário global em que a imunização tem sido essencial para o controle de diversas epidemias, como a da COVID-19, o Brasil mantém um dos maiores programas públicos de vacinação do mundo, desempenhando um papel crucial na saúde pública.
Desde a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1973, o país oferece uma ampla cobertura de vacinas de forma gratuita à população, incluindo doses contra doenças como poliomielite, sarampo, rubéola e, mais recentemente, o coronavírus. De acordo com dados de 2023 do Ministério da Saúde, mais de 94% das crianças brasileiras receberam todas as vacinas previstas no calendário vacinal até os 5 anos de idade, refletindo a eficácia das campanhas de conscientização e da rede pública de saúde.
A vacinação, além de proteger o indivíduo, atua de maneira coletiva, formando o que se chama de imunidade de rebanho, que ajuda a controlar a disseminação de doenças contagiosas. A erradicação da varíola em 1980 e o controle da poliomielite, com o último caso registrado em 1989, são exemplos do impacto positivo da vacinação em massa no Brasil.
No entanto, especialistas alertam para o risco do retorno de doenças eliminadas devido à queda nas taxas de vacinação em alguns estados nos últimos anos. A pandemia de COVID-19, por exemplo, interrompeu o acesso a serviços de saúde em várias regiões, causando atrasos nas campanhas de vacinação.
Em 2022, a cobertura vacinal contra o sarampo caiu para 71%, abaixo da meta de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), deixando crianças e adultos vulneráveis a surtos.