No último sábado, dia 1º de julho, por volta das 22h, uma tragédia abalou a cidade de Ouro Preto. Uma bebê de apenas 6 meses de idade deu entrada em estado crítico na Santa Casa da Misericórdia e acabou falecendo. O caso ganhou repercussão quando os médicos constataram marcas no rosto da criança que não eram compatíveis com uma simples queda da cama.
De acordo com informações contidas no Boletim de Ocorrência, a equipe médica que atendeu a bebê relatou que ela chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços para reanimá-la, os profissionais de saúde não tiveram sucesso. Além disso, durante a análise do corpo, os médicos identificaram marcas no rosto que pareciam ter sido causadas por algum ferimento ocorrido dias antes.
A situação se tornou ainda mais grave quando os médicos observaram vermelhidão e alargamento anal na vítima, levantando a suspeita de violência sexual. A integridade do hímen da bebê também foi questionada pelos especialistas, que acreditam não ser possível afirmar se estava completamente intacto.
Diante dessas evidências, as autoridades policiais iniciaram uma investigação minuciosa. Os pais da criança, um homem de 29 anos e a mãe, uma mulher de 21 anos, foram imediatamente detidos em flagrante e conduzidos à Delegacia de Plantão de Ouro Preto. Durante o depoimento às autoridades, a versão apresentada pelo casal apresentou algumas divergências.
A mãe relatou à polícia que estava na casa do namorado, o pai da criança, e que costuma passar os fins de semana lá. Segundo ela, em determinado momento da noite, deixou a bebê deitada na cama junto com o namorado e foi tomar banho. Ao sair do banheiro, afirmou ter sido informada pelo companheiro de que a criança havia caído da cama. A mãe alegou ter percebido que a bebê estava tendo uma convulsão e, imediatamente, a levaram para o hospital.
Já o pai declarou aos policiais que estava na cozinha preparando um lanche quando retornou e encontrou a criança caída da cama. Ele alega ter prestado socorro e levado imediatamente a filha ao hospital.
O corpo da bebê foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itabirito, onde passará por exames mais detalhados para determinar as causas da morte e comprovar possíveis abusos.
A Polícia Civil informou que o casal será ouvido novamente por meio da 2ª Central Estadual de Plantão Digital, em um procedimento padrão para esclarecer todos os detalhes sobre o ocorrido.
A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca) de Ouro Preto. A polícia aguarda o resultado do exame de corpo de delito do bebê, que será realizado pelo Instituto Médico Legal (IML).