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Saúde nas empresas: ‘trilhas de cuidado’ são estratégia para adesão; entenda

Estudo da consultoria McKinsey revela que investir no bem-estar dos trabalhadores traz retorno financeiro gigantesco; especialista brasileira explica como as ‘trilhas de cuidado’ aumentam adesão aos programas

Empresas que investem em saúde têm vantagens claras

Um estudo da McKinsey Health Institute, uma das principais consultorias do mundo, revelou em janeiro de 2025 que empresas que investem na saúde completa dos funcionários podem gerar até 11,7 trilhões de dólares em valor econômico global. Isso equivale a mais de R$ 60 trilhões na cotação atual.

Uma estratégia de sucesso para a implantação dos programas de saúde são as ‘trilhas de cuidado’ que aumentam a adesão dos colaboradores e contribuem para a continuidade dos tratamentos de promoção da saúde.

Empresas que investem em saúde têm vantagens claras

A pesquisa da McKinsey identificou benefícios concretos para empresas que criam programas de saúde para os funcionários:

  • Produtividade maior: funcionários saudáveis trabalham melhor
  • Menos faltas: trabalhadores doentes faltam mais ao serviço
  • Economia em planos de saúde: prevenção custa menos que tratamento
  • Funcionários mais satisfeitos: pessoas cuidadas ficam mais tempo na empresa
  • Melhor imagem: empresas que cuidam dos funcionários têm boa reputação

Especialista brasileira explica como ‘trilhas de cuidado’ melhoram adesão

Fernanda Cardoso Zanetti, Coordenadora de Promoção da Saúde do SESI/MG, explica um conceito que está revolucionando os programas de saúde nas empresas: as trilhas de cuidado.

“As trilhas de cuidado são percursos estruturados e personalizados que orientam o colaborador em etapas de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento contínuo”, explicou Zanetti à Itatiaia.

Segundo a especialista, essas trilhas funcionam como um mapa que guia o trabalhador em todas as fases do cuidado com a saúde.

Como funciona

As trilhas podem ser organizadas por tipo de problema de saúde ou grupo de risco. Por exemplo:

  • Trilha para hipertensão: exames regulares, orientação nutricional, exercícios
  • Trilha para saúde da mulher: exames preventivos, acompanhamento hormonal, orientação sobre maternidade
  • Trilha para diabetes: controle de açúcar, dieta, medicação
  • Trilha para saúde mental: acompanhamento psicológico, técnicas de relaxamento, ambiente de trabalho saudável

“Elas podem ser organizadas por perfil de risco ou condição específica, como hipertensão ou saúde da mulher por exemplo, oferecendo clareza e suporte em cada etapa”, detalhou a especialista.

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Medicina do trabalho é peça-chave no processo

Zanetti destacou que a medicina do trabalho tem papel fundamental nesse processo. “A saúde ocupacional exerce papel chave nesse processo, já que pode identificar precocemente riscos no ambiente de trabalho e direcionar o colaborador para a trilha mais adequada.”

Isso significa que o médico do trabalho não apenas faz os exames obrigatórios, mas também identifica problemas antes que se tornem graves e encaminha o funcionário para o cuidado específico que ele precisa.

Investimento em saúde não é mais opcional para empresas

A conclusão do estudo da McKinsey é clara: investir na saúde dos funcionários não é mais uma escolha, mas uma necessidade para qualquer empresa que quer ter sucesso.

“Organizações que tomarem ação imediata vão colher benefícios substanciais”, alertaram os pesquisadores no relatório.

Para o trabalhador comum, isso significa que empresas que não cuidam da saúde dos funcionários vão ter mais dificuldade para contratar e manter bons profissionais. Já as empresas que investem em saúde vão ter funcionários mais satisfeitos, produtivos e leais.

A mensagem final do estudo é que “a escolha de exigir um local de trabalho saudável é uma decisão que todo funcionário e investidor pode fazer”. Em outras palavras: trabalhadores devem procurar empresas que cuidam da saúde, e empresários devem investir nisso para não ficarem para trás no mercado.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.