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Investimentos em saúde nas empresas ganham força com métricas de retorno

Redução de custos, produtividade e engajamento estão entre os benefícios mensuráveis que comprovam a eficácia de programas de saúde corporativa

Empresas que investem na saúde do colaborador colhem ganhos financeiros e fortalecem o clima organizacional

Investir em saúde e bem-estar dos colaboradores deixou de ser apenas uma ação de responsabilidade social e passou a ser uma estratégia corporativa inteligente. No entanto, para que essas ações sejam sustentáveis e priorizadas pelas lideranças, é fundamental comprovar seus resultados, e é aí que entra o ROI.

“O ROI, ou Retorno sobre o Investimento, é uma métrica gerencial usada para quantificar o resultado financeiro de um investimento. Em programas de saúde e bem-estar, ele mede se os benefícios financeiros superam os custos”, explica Fernanda Cardoso Zanetti, coordenadora técnica de Promoção da Saúde do Sesi, à Itatiaia.

Na prática, esse retorno pode ser medido por meio da redução de custos com assistência médica, diminuição de afastamentos, controle do absenteísmo e, mais recentemente, pela queda no presenteísmo, quando o funcionário está fisicamente presente, mas sem rendimento por motivos de saúde física ou emocional.

Indicadores que vão além do financeiro

Para avaliar se os programas de saúde realmente estão trazendo benefícios, as empresas precisam adotar indicadores bem definidos. Segundo Fernanda, esses dados podem ser divididos em dois grupos: os financeiros (que compõem o ROI) e os intangíveis (relacionados ao VOI: Valor sobre o Investimento).

Entre os indicadores financeiros, destacam-se:

  • Redução de despesas com planos de saúde
  • Diminuição de afastamentos e turnover
  • Queda no absenteísmo e presenteísmo
  • Ganhos de produtividade
  • Custos evitados com afastamentos previdenciários

Já os indicadores qualitativos e intangíveis incluem fatores como:

  • Melhora do clima organizacional
  • Aumento do engajamento
  • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
  • Maior satisfação no ambiente de trabalho
  • Atração e retenção de talentos

Esses resultados, mesmo que menos tangíveis financeiramente, refletem diretamente na performance e na imagem da empresa.

ROI não é imediato, mas é consistente

O cálculo do ROI exige organização e método. A empresa deve identificar os benefícios diretos e indiretos, definir os custos base e considerar todos os investimentos envolvidos.

De acordo com Fernanda Zanetti, os retornos financeiros costumam aparecer a partir do segundo ano de execução dos programas, desde que eles estejam bem integrados à rotina da empresa e tenham metas realistas. Já os resultados qualitativos, do VOI, tendem a surgir no médio e longo prazo.

“Ao acompanhar o ROI, a empresa pode justificar investimentos, tomar decisões estratégicas e identificar quais ações geram melhores resultados”, destaca a especialista.

Mais do que um número, o retorno sobre programas de saúde representa o compromisso com um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e sustentável.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.