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Bateria é ‘ponto sensível’ do carro elétrico; conheça os testes de segurança

Júlio Cézar de Alvarenga Pires, coordenador do CIT Senai, explica os pontos críticos dos testes em veículos eletrificados, da autonomia ao risco de incêndio

Estabilidade térmica da bateria é crucial para funcionamento de veículos elétricos

A adoção de veículos eletrificados, sejam híbridos ou 100% elétricos, avança no Brasil, mas traz consigo um desafio crucial: garantir que a tecnologia seja tão segura quanto eficiente. A avaliação desses sistemas é complexa e exige uma abordagem multidisciplinar, que vai muito além do que se media em carros a combustão.

Para entender os pontos críticos dessa análise, o engenheiro mecânico Júlio Cézar de Alvarenga Pires, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) Senai, detalhou os processos à reportagem da Itatiaia. Segundo Pires, a avaliação considera “tanto o desempenho dinâmico quanto a segurança dos sistemas de propulsão e armazenamento de energia”.

O que define o desempenho

O primeiro foco é a eficiência energética, analisando o consumo de energia elétrica ou combustível em diferentes ciclos de condução. Isso impacta diretamente a autonomia, que mede a capacidade da bateria em trajetos típicos, considerando variações de temperatura, relevo e o estilo de condução do motorista.

No caso dos híbridos, Pires destaca a importância da “integração dos sistemas”. É preciso avaliar a sinergia entre o motor elétrico e o a combustão, garantindo transições suaves e boa resposta ao acelerador.

Outros pontos incluem a eficiência da regeneração de energia (recuperação durante frenagens e desacelerações) e o desempenho em condições extremas, como testes em temperaturas muito altas ou baixas.

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A segurança da bateria: o ponto nevrálgico

A segurança é o ponto mais sensível, principalmente quanto ao armazenamento de energia. O especialista aponta a “estabilidade térmica da bateria” como vital. O monitoramento da temperatura durante a carga, descarga e operação é essencial para evitar riscos de superaquecimento ou incêndio.

Além do calor, os sistemas eletrônicos de gerenciamento são testados para proteger contra sobrecarga e curto-circuito, evitando falhas elétricas. Pires também menciona a “resistência mecânica”. São realizados testes de impacto e vibração para garantir que a bateria e os componentes resistam a colisões e ao uso severo. A avaliação se completa com a análise dos protocolos de emergência, verificando a resposta do sistema em acidentes.

Tecnologia para garantir a confiança

Pires conclui destacando o papel dos centros de tecnologia no processo. “No CIT Senai e na rede de Institutos Senai de Inovação, utilizamos equipamentos e metodologias que permitem realizar esses testes com alto grau de precisão e confiabilidade”, afirmou.

Segundo o coordenador, esse trabalho contribui para o desenvolvimento de veículos “mais seguros, eficientes e alinhados às exigências da legislação brasileira e internacional”.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.