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Indústria mostra força e cria 38,6 mil vagas em setembro, aponta Caged

O setor industrial foi o segundo que mais gerou empregos formais no mês, ficando atrás apenas de Serviços. Dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego

Pequenos e médios negócios continuam sendo a base da geração de empregos formais no país

Em um cenário econômico que ainda exige cautela, o setor industrial brasileiro deu um sinal importante de vitalidade em setembro. Para o pequeno e médio empresário do ramo, os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) trazem um otimismo ponderado: a indústria foi o segundo maior motor de geração de empregos formais no país, criando 38.649 vagas com carteira assinada.

O balanço, divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que o desempenho industrial ficou atrás apenas do setor de Serviços, que liderou com folga ao abrir 112.915 postos. No total nacional, o Brasil registrou um saldo positivo de 211.764 vagas, resultado de mais de 2,29 milhões de admissões contra quase 2,08 milhões de desligamentos.

O desempenho da Indústria em detalhes

O saldo positivo da Indústria (38.649) foi impulsionado principalmente pela Indústria de Transformação, responsável pela criação de 35.112 vagas. O desempenho reflete uma demanda aquecida e a capacidade de resposta das fábricas, mesmo as de menor porte, que compõem a maior parte da cadeia produtiva.

Embora a Indústria tenha se destacado, os outros grandes setores da economia também apresentaram saldo positivo em setembro:

  • Serviços: +112.915
  • Comércio: +31.848
  • Construção: +26.166
  • Agropecuária: +2.186
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Crescimento e competição

Os dados do Caged sugerem um horizonte de maior estabilidade, fator crucial para o planejamento de médio prazo. Para o empresário industrial, um mercado de trabalho aquecido pode ser uma faca de dois gumes: por um lado, indica demanda e crescimento; por outro, pode aumentar a competição por mão de obra qualificada.

O resultado de setembro reforça a resiliência do setor. A manutenção desse ritmo, no entanto, dependerá não apenas da conjuntura macroeconômica, mas da capacidade de inovação e gestão dos pequenos e médios negócios, que continuam sendo a base da geração de empregos formais no país.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.