A demanda por veículos elétricos cresce em ritmo acelerado. Só em 2024, 16.033 automóveis eletrificados foram vendidos no Brasil, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Esse avanço está diretamente ligado ao setor minerário: a fabricação das baterias que movem esses carros depende de minerais estratégicos como lítio, níquel, grafite e manganês. Além de reduzir o uso de combustíveis fósseis, o fortalecimento da mobilidade elétrica tende a impulsionar investimentos na cadeia de extração e beneficiamento mineral.
Mais minerais, menos emissões
Movidos 100% a bateria, os carros elétricos são considerados apostas importantes na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), eles consomem cinco vezes mais minerais críticos do que veículos convencionais.
O Brasil figura entre os países com maior potencial de abastecer essa cadeia, graças à sua diversidade geológica e ao mapeamento de reservas minerais.
Do que são feitas as baterias?
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a bateria pode acrescentar até 300 quilos ao peso de um carro elétrico. Porém, esse acréscimo é compensado pela ausência de itens obrigatórios em veículos a combustão. Os diferentes modelos utilizam proporções variadas de minerais. Em média, a composição inclui:
Níquel: entre 28 e 43 kg
Grafite: entre 44 e 66 kg
Alumínio: de 30 a 44 kg
Cobre: de 17 a 26 kg
Aço: de 17 a 65 kg
Manganês: até 16 kg
Cobalto: de 2 a 11 kg
Lítio: cerca de 6 a 7 kg
À medida que cresce a procura por veículos elétricos, o Brasil se posiciona não apenas como fornecedor de matéria-prima, mas como protagonista da transição energética global. A abundância de recursos naturais abre espaço para o fortalecimento da cadeia industrial, geração de empregos e novas tecnologias.