Fundamentais para a transição energética e para a soberania mineral do país, os minerais estratégicos serão alvo de um novo estudo coordenado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e pelo Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). O Acordo de Cooperação Técnica (ACT), formalizado em agosto, prevê pesquisas voltadas ao mapeamento, caracterização e uso sustentável desses insumos.
A parceria tem validade de quatro anos e não envolve transferência de recursos financeiros. Nesse período, serão desenvolvidos três planos de trabalho. O primeiro prevê a elaboração de um documento técnico sobre a oferta e demanda de minerais críticos e estratégicos, a ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, em Belém (PA).
O segundo plano contempla ações de caracterização tecnológica, com análises de minérios e rochas estudados pelo SGB e ensaios para definir rotas de aproveitamento de materiais. O objetivo é gerar dados mais detalhados e pré-competitivos, capazes de reduzir incertezas e incentivar investimentos no setor mineral.
Já o terceiro plano está voltado ao desenvolvimento de tecnologias para reduzir o consumo e ampliar o reuso de água na mineração. Segundo o acordo, as iniciativas devem fortalecer a inovação e ampliar a competitividade da cadeia produtiva nacional em um cenário de crescente demanda por minerais estratégicos.
Com a elaboração de dados técnicos e pré-competitivos, como prevê o acordo entre SGB e CETEM, o setor mineral tende a reduzir incertezas e atrair capital privado, ampliando o dinamismo da economia.